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Atacante da Seleção Brasileira brilha com artilharia na Coreia do Sul

Bia Zaneratto é uma das mais valorizadas na modalidade no país e já soma 16 gols na competição nacional, que ainda está na metade.

26/07/2017 16:30

Bia Zaneratto está fechando seu quinto ano no futebol da Coreia do Sul. Por lá, é o grande destaque da modalidade, sendo uma das mais valorizadas financeiramente da WK-League. O cuidado do seu clube, o Incheon Red Angels, se justifica. Ela soma nada menos do que 16 gols na competição nacional, que ainda está na metade - além da liderança em assistências com 8. E a comparação com a temporada passada mostra a evolução da atacante da seleção brasileira. Na anterior, ao longo de toda a disputa, ela somou 13 gols. A importância de Bia se vê em sua liberdade no esquema do time comandado por Choi In-chol.


- Jogo mais perto do gol, mais centralizada. Mas tenho total liberdade também para vir de trás. Tenho liberdade para deixar meu jogo fluir. Tanto dentro da área como buscar a bola. Um dos meus pontos fortes é a força física. Tentando sempre buscar o gol, tentando dar passes. Eu acredito que evoluí a cada ano. Estamos na metade do campeonato e tenho 16 gols. Ano passado terminei o mesmo campeonato com 13. 

Campeão nacional por quatro anos seguidos, o Red Angels já se habilita a faturar novamente o título na atual temporada. Apesar da derrota para o Gyeongju na última rodada por 1 a 0, a equipe está no mesmo ritmo do Corinthians no Brasileirão. Tem oito pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Icheon Daekyo - 42 contra 34. Bia coloca que, antes de sua chegada e de Thais, o clube não havia sido campeão. O acréscimo de qualidade mostra a importância da brasileira no grupo. 

- São oito pontos de vantagem para o segundo colocado. A gente vem fazendo um bom trabalho. Se for olhar os resultados dos jogos temos feito muitos gols. Resultado da nossa campanha. Quatro anos consecutivos sendo campeãs. É o time mais forte da Coreia. Um detalhe é que antes da minha chegada e da Thaís o clube não tinha sido campeão. Não digo que fomos responsáveis, mas tivemos boa contribuição.

Bia dá agora um tempo na disputa nacional na Coreia do Sul e participa com a seleção brasileira do Torneio das Nações, nos Estados Unidos. O primeiro adversário será o Japão nesta quinta-feira, no CenturyLink Field, em Seattle. Em seguida, dia 30, a equipe encara os Estados Unidos, em San Diego. Dia 3 de agosto, o compromisso é diante da Austrália, a quem Bia já salienta até mesmo uma certa rivalidade pelos confrontos recentes na Copa do Mundo em 2015 e nas Olimpíadas do Rio. Ela acrescenta que será o grande teste até o momento depois da disputa dos Jogos. 

- Eu acho que é o grande teste (Torneio das Nações). A Emily vai conseguir ter a maioria das jogadoras que ela queria. Espero dar o melhor e evoluir com a seleção diante de grandes equipes do melhor nível do futebol feminino: Japão, Estados Unidos, Austrália, que já virou uma rixa (risos).

No comando da seleção feminina desde novembro, Emily ainda busca a melhor formação e faz alguns testes até mesmo em preparação para a primeira importante competição sob seu comando, a Copa América 2018, no Chile, que garante vagas na Copa do Mundo 2019 (2,5 vagas), Jogos Olímpicos 2020 (duas vagas) e Pan 2019 (quatro). Nos testes, a treinadora quis ver a movimentação de Bia mais recuada no campo já que ela possui a arrancada como uma grande arma. Contra a Bolívia, atuou mais distante do gol. Contra Espanha e Islândia, retornou ao posicionamento antigo. 

- O jogo contra a Bolívia ela modificou. Joguei mais como meia aberta, não joguei no ataque mesmo. Contra Espanha e Islândia já joguei de atacante mesmo. Na seleção, minha posição mesmo é no ataque. Ela me falou que ela queria ver naquele setor meu estilo de arrancada que mostrei no Torneio de Manaus. Mas meu lugar é no ataque onde eu vim desde o sub-20.

O contrato de Bia Zaneratto com o Incheon Red Angels sen encerra ao final desta temporada e, por enquanto, o assunto renovação ainda não entrou em pauta. Sobre o futuro, ela diz que pensa sim em mudar de ares, disputar a tão sonhada Champions League, mas ressalta também a vida confortável que garantiu no país asiático. Com os gols que vem fazendo, mercado certamente não faltará à jogadora.
- Meu contrato termina esse ano. Eu ainda não decidi. Vamos ver o que vai acontecer. Penso sim em mudar, jogar uma Champions. Uma competição de maior visibilidade. Estou estudando novos ares ou não. Porque não tenho do que reclamar daqui. Minha vida é muito tranquila aqui. Ajudei minha família, evoluí. Estou em um bom momento aqui. Gostaria de também jogar no Brasil, ficar perto da família. Mas ainda não há condição, apesar do Brasileiro já ter dado boa repercussão. Eu acho que foi um passo importante.

Fonte: Globo Esporte
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