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Medina voa até a areia, Mineirinho bate Ian, e Wiggolly vai à 4ª fase

Brasil tem três classificados para o round 4, em fim de tarde de ondas pesadas em Itaúna. Yago Dora, Jadson André, Caio Ibelli e Filipe Toledo competem após a chamada deste sábado, às 6h45

12/05/2017 17:32

A terceira fase do Rio Pro começou de forma alucinante e vitoriosa para o surfe brasileiro. Na primeira bateria, Adriano de Souza, campeão mundial em 2015, enfrentou o estreante na elite Ian Gouveia, filho do lendário surfista Fábio Gouveia. O duelo foi recheado de manobras, rasgadas e muita vibração do público. Mineirinho despachou o rival com uma vitória por 15.67 a 12.33. Pouco depois, foi a vez de Wiggolly Dantas entrar na água e bater o havaiano Sebastian Zietz com ondas de 9.00 e 9.27, no maior somatório até aqui da competição: 18.27 pontos de 20.00 possíveis. Para coroar a tarde perfeita, Gabriel Medina tratou de despachar o australiano Bede Durbidge por 14.30 a 13.86, garantindo mais uma vaga para o país na próxima fase do Rio Pro. Em uma de suas melhores notas, Medina surfou um aéreo espetacular e foi acompanhando a onda manobrando até a areia (assista no vídeo abaixo).

- Estou muito feliz em estar competindo no Brasil com esse suporte todo aqui, o que me dá mais vontade ainda de pegar boas ondas. Ele (Bede Durbidge) começou bem a bateria, abriu com 7.53 e depois pegou um 5.00, então, eu sabia que precisava arriscar. Depois, como era um momento decisivo da bateria, usei a prioridade para garantir o resultado. O segundo aéreo foi na empolgação. A torcida está de parabéns, porque vibração como essa eu só vi em estádio de futebol – disse Gabriel, que saiu ovacionado do mar.

Mais cinco brasileiros ainda competem no round 3, cuja próxima chamada será às 6h45 deste sábado, pelo horário de Brasília. Campeão da triagem, Yago Dora enfrenta o atual líder do ranking e defensor do título no Rio, John John Florence. Jadson André pega o sul-africano Jordy Smith, e Caio Ibelli duela com o australiano Adrian Buchan. Fechando a participação do Brasil na terceira fase, Filipe Toledo encara o americano Kanoa Igarashi na bateria 10.

- O Ian tem o DNA mágico do Fábio, então, alguma coisa boa tinha que sair dali. O mar está difícil, conversei bastante com o meu treinador para decidir a estratégia e escolher os melhores lugares. Acho que a experiência de tantos anos de Circuito me ajudou, comecei a competir com dez anos e hoje tenho 30, então o meu surfe foi moldado para competições - comentou Adriano, que tem contado não só com a ajuda de seu técnico, Leandro Dora, como do ex-top da elite Leo Neves.

Ian sai na frente de Mineirinho

No duelo verde e amarelo, a primeira boa onda foi de Ian. Uma direita de longo alcance para o herdeiro de Fabinho Gouveia arrancar um 6.50 dos juízes. Aproveitando a mesma série, Mineirinho pegou outra boa onda e encaixou três manobras fortes, recebendo 7.17. Aos 11 minutos corridos, Adriano levantou a praia inteira ao pegar uma onda espetacular, mandou um floater (quando o surfista parece flutuar sobre a onda) e aterrissou em meio à avalanche de espuma, sem tremer na turbulência. A investida lhe rendeu nota 8.50.

Precisando de 9.17 para virar, Ian passou a arriscar tudo nos 15 minutos finais. O pernambucano chegou a entrar em um minitubo, mas a onda fechou e ele recebeu apenas 2.17 pontos. Mudando de posição contantemente, Ian não conseguiu achar a onda da virada e acabou eliminado. Na saída do mar, os dois surfistas foram aplaudidos pelo público.

Wiggolly Dantas arrasa Sebastian Zietz

Mesmo tendo competido mais cedo, Wiggolly iniciou a bateria demonstrando um fôlego impressionante. A primeira onda do paulista foi um 6.83. Pouco depois, ele entrou numa direita pesada, com manobras no lipe e algumas rasgadas. A nota foi um 9.00, que fez o brasileiro disparar na liderança.

Enganou-se quem achava que Wiggolly estava satisfeito. Depois de ver Zietz arrebentar a cordinha da prancha e ir até a arrebnetação trocá-la, o surfista de Ubatuba tratou de pegar uma onda de 9.27, deixando o rival numa combinação de 18.28. Com a vitória muito bem encaminhada, o brasileiro tratou de administrar o resultado até o fim.

- Competi tranquilo nessa bateria, porque consegui boas notas logo no início. Mesmo porque o Sebastian é um grande adversário, e eu sabia que ele daria trabalho. Como competi mais cedo e venci, entrei mais seguro e confiante, num tipo de onda que eu gosto, já que estou sempre no Havaí - disse Wiggolly.

Gabriel Medina despacha Bede Durbridge

O terceiro brasileiro a entrar em ação no round 3 foi Gabriel Medina. Mesmo com a torcida a favor do rival, Bede Durbridge começou melhor, saindo na frente com um 5.33 e um 7.53. Gabriel respondeu com uma onda de 7.50, antes de conseguir um 6.60 e passar à frente pela primeira vez no confronto.

Pouco depois, Medina foi para mais uma boa onda, um aéreo, com direito a rasgadas, num movimento longo que fez o surfista parar na areia. A nota, entretanto, foi apenas 6.80, apesar da vibração efusiva da torcida. Bede Durbridge não deixou por menos e foi buscar um 6.33, passando a precisar de 6.77 para virar. Só que o australiano não conseguiu a onda da virada nos minutos finais, e a vitória ficou mesmo com Gabriel.

Baterias da terceira fase:

1. Adriano de Souza (BRA) 15.67 x Ian Gouveia (BRA) 12.33

2. Sebastian Zietz (HAV) 11.73 x Wiggolly Dantas (BRA) 18.27

3. Gabriel Medina (BRA) 14.30 x Bede Durbridge (AUS) 13.86

4. Joel Parkinson (AUS) 15.43 x Jeremy Flores (FRA) 11.44

5. Mick Fanning (AUS) 13.40 x 11.90 Connor O'Leary (AUS)

---------------------Ainda não realizadas-----------------------------

6. Jonh John Florence (HAV) x Yago Dora (BRA)

7. Jordy Smith (AFS) x Jadson André (BRA)

8. Caio Ibelli (BRA) x Adrian Buchan (AUS)

9. Matt Wilkinson (AUS) x Josh Kerr (AUS)

10. Filipe Toledo (BRA) x Kanoa Igarashi (EUA)

11. Julian Wilson (AUS) x Frederico Morais (PRT)

12. Owen Wright (AUS) x Nat Young (AUS)

Fonte: Globo Esporte
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