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Irmãs encontradas mortas na Santa Maria foram colocadas em cativeiro e interrogadas por facção criminosa

Suspeita interrogada dá detalhes da ação criminosa. As vítimas foram encontradas enterradas em uma cova rasa na manhã de 16 de novembro, na Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina.

12/12/2024 às 18h00

Nesta quinta-feira (12), a Polícia Civil interrogou uma mulher suspeita de envolvimento no desaparecimento e morte das jovens Jocinéia Dias da Silva, de 23 anos, e Francinete Pereira da Silva, de 24. As duas foram encontradas enterradas em uma cova rasa na manhã de 16 de novembro, na Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina. Elas haviam desaparecido três dias antes, no dia 13 de novembro, quando saíram de casa com seus filhos em um carro de aplicativo. Uma das crianças foi deixada na casa de um parente e a outra abandonada na porta de uma unidade de saúde.

Corpos de mulheres são achados na Santa Maria; vítimas seriam irmãs desaparecidas - (Reprodução) Reprodução
Corpos de mulheres são achados na Santa Maria; vítimas seriam irmãs desaparecidas

Segundo o delegado Jorge Terceiro, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a suspeita confirmou que esteve na presença das vítimas antes de serem mortas, e revelou que as duas estavam sendo mantidas em uma espécie de cativeiro. Durante o interrogatório, ela explicou que, junto com outras pessoas, foi chamada para um local onde encontrou Jocinéia e Francinete sendo interrogadas por membros da facção "Bonde dos 40". A suspeita, que já era alvo da investigação e já tinha um mandado de prisão, disse que as mulheres foram capturadas por estarem ligadas a outra facção que atua na região. 

“Ela confirmou que estava na sua residência com outras pessoas quando foi chamada [pela organização criminosa] para o local. Alguns amigos a chamaram, e ela e outras pessoas foram até o local, onde as vítimas e uma criança estariam em uma espécie de cativeiro. A criança foi retirada do local e as jovens estavam sendo submetidas a um interrogatório por indivíduos vinculados a facções da área. Ela confirmou que, depois disso, retornou para a residência, sem saber qual seria o destino final das jovens, e disse que não sabia para onde as levaram depois dali”, explica o delegado.

Delegado Jorge Terceiro, do DHPP - (Jailson Soares/O Dia) Jailson Soares/O Dia
Delegado Jorge Terceiro, do DHPP

A mulher também forneceu nomes de outros envolvidos no crime, que já estão sendo investigados pela polícia. O delegado informou que essas novas informações serão importantes para o avanço das investigações, e a expectativa é de que nos próximos dias o caso tenha mais esclarecimentos. 

“Ela confirmou que mantém contato com diversos membros da facção da região, explicando que, segundo as regras do grupo, quem é vinculado a facções rivais não pode andar livremente pelas ruas. Ela alegou que as jovens eram associadas a outra facção criminosa e, por estarem em sua área, foram capturadas. Agora, estamos tomando as medidas necessárias e esperamos que, nos próximos dias, possamos chegar à conclusão do caso”,

concluiu o delegado. 

Polícia identificou seis pessoas envolvidas no caso

Ainda em novembro, a Polícia Civil informou que foram identificadas seis pessoas envolvidas no assassinato das irmãs. Dentre os suspeitos, duas são mulheres, conforme informado pelo delegado Francisco Baretta, coordenador do DHPP.

“Essas pessoas participaram ativamente do crime. Identificamos seis envolvidos, tanto autores diretos quanto indiretos, já que há tanto executores quanto cúmplices. Com as prisões, novos nomes devem surgir. Estamos trabalhando para garantir que todos os responsáveis sejam detidos nos próximos dias”, afirmou o delegado.


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Com informações de Francisco Filho / O DIA TV