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Acusado de tentar matar ex-mulher a facadas vai a júri popular em Picos

Segundo a denúncia, a ex-mulher havia decidido se separar do marido após o mesmo querer manter um relacionamento incestuoso com a filha do casal.

17/11/2022 10:51

O juiz da 5ª Vara da Comarca de Picos pronunciou Osvaldo Rodrigo da Silva por tentar matar a facadas a ex-mulher Damásia Luzia da Luz na frente da filha na cidade de Geminiano, interior do Piauí. O crime no dia 16 de março de 2018. Segundo a denúncia, a ex-mulher havia decidido se separar do marido após o mesmo querer manter um relacionamento incestuoso com a filha do casal. O acusado, no entanto, não aceitava o fim do casamento.

Foto: Reprodução

De acordo com o relato da vítima, no dia do crime, a mesma estava em uma rede na varada da sua residência, quando o ex-companheiro chegou ao local e se dirigiu a ela.

"Segundo a vítima, ao se aproximar, Osvaldo sentou-se numa cadeira ao lado de sua rede, e indagado sobre o motivo de sua presença ali, haja vista não querer reatar o relacionamento, ele disse que eu vim pra cá, porque aqui é o meu lugar. Em resposta, ela lhe disse que seu lugar não era ali, mas em Padre Marcos, onde possui familiares, momento em que ele retirou uma faca de dentro da bolsa que trazia consigo e respondeu que: eu vim foi pra te matar!", diz o documento.

Em seus depoimentos, a vítima e a filha do casal relataram que o acusado queria manter um relacionamento com a filha, mesmo contra a sua vontade. Segundo elas, Osvaldo Rodrigo já havia, inclusive, tentado matar o genro em outra ocasião.

Consta nos autos que o acusado desferiu sete facadas na região das costas, cabeça, barriga, perna e braço de Damásia Luzia na frente da filha do casal e do genro. Após o crime, a vítima foi socorrida e passou 11 dias internada na UTI do Hospital Regional de Picos. Em virtude das lesões, Damásia Luzia da Luz relatou que não consegue mais trabalhar.

Já Osvaldo Rodrigo da Silva confessou o crime e afirmou que "parou com as agressões porque quis, pois não foi impedido por ninguém".

Diante dos fatos, o magistrado decidiu pronunciar Osvaldo Rodrigo para que seja julgado pelo Tribunal do Júri pelo crime de feminicídio tentado e determinou a manutenção da prisão preventiva do réu. "Considerando estarem presentes os motivos que o manteve preso, especialmente para garantia da ordem pública, da instrução processual em plenário e garantia da aplicação da lei penal, não há razões para revogar/relaxar a prisão preventiva", destacou o juiz na decisão.

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