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Timon: jovem que sequestrou professora ainda não foi ouvido e polícia pede novo prazo

Segundo solicitação feita pelo delegado, o feriado de Carnaval impossibilitou colher o depoimento de Rodrigo da Silva Nascimento, necessário para fechar o inquérito.

04/03/2022 11:09

O delegado Michel de Sousa Sampaio, titular do 1º Distrito Policial de Timon, pediu ontem (03) à justiça prorrogação do prazo para concluir o inquérito sobre o sequestro da professora mantida por duas horas sob a mira de uma faca em frente ao 11º BPM. O crime aconteceu no último dia 25 de fevereiro. O acusado, Rodrigo da Silva Nascimento, 19 anos, está preso desde então, mas até o momento, ainda não foi ouvido pela polícia.


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Nos autos do inquérito encaminhado à justiça, o delegado afirma que o acusado se encontra atualmente recolhido ao presídio Jorge Vieira, em Timon, mas que por conta do período de feriado do Carnaval, ainda não foi possível interrogá-lo. O policial militar que foi atacado por Rodrigo na noite do sequestro também não foi ouvido ainda e o delegado lembra que sua oitiva é necessária para esclarecer as ações do acusado naquela noite.


Foto: Divulgação/PMMA

Rodrigo da Silva Nascimento está sendo indiciado por sequestro e cárcere, tentativa de homicídio e tentativa de feminicídio. Como provas da autoria do crime, foram incluídos no inquérito aos termos de depoimento dos policiais militares que participaram das negociações com ele, os dois lotados no 11º BPM.

Os relatos convergem: “informam que ao dia 23.02.22 por volta das 18 horas, o indiciado (...) mediante uso de uma faca obrigara a vítima (...) a guiar seu carro até a entrada do 11º BPM de Timon. Informam que as testemunhas que o indiciado obrigara a vítima a permanecer no veículo contra sua vontade, impedindo a aproximação de policiais contra sua vontade (...). Informam que em dado momento o indiciado abrira a porta do carro correndo com arma em punho em direção ao capitão Renildo fazendo com que este se desequilibrasse e caísse ao chão”.

No documento consta ainda que o capitão Renildo efetuou dois disparos contra Rodrigo na tentativa de se defender do ataque dele. O rapaz foi socorrido e trazido para o HUT para atendimento médico. No hospital, ele passou por procedimento cirúrgico, o que impossibilitou a colheita de seu depoimento no momento de sua prisão.


Foto: Divulgação/PMMA

Durante a audiência de custódia, a Defensoria Pública do Maranhão chegou a pedir que Rodrigo não tivesse sua prisão decretada alegando que ele não estaria de posse de suas faculdades mentais quando sequestrou a professora. A justiça, no entanto, não considerou o pedido, homologou o flagrante em prisão temporária e, depois, em prisão preventiva. A juíza Raquel Araújo Castro Teles de Menezes pediu que a Defensoria encaminhasse à Vara Criminal competente os autos de requerimento de instauração de insanidade mental.

Entenda

Na noite do dia 25 de fevereiro, o jovem Rodrigo da Silva Nascimento, 19 anos, sequestrou e manteve em cárcere uma ex-professora na cidade de Timon. Ele abordou a vítima na saída do trabalho dela, em frente ao colégio Padre Delfino, dizendo que queria fugir pois teria assassinado um parente. Com uma faca, ele exigiu que ela o levasse para um local seguro e longe da polícia, mas no percurso a professora disse que precisava abastecer o veículo.

Foi então que o rapaz exigiu que ela o levasse para a sede do quartel da PM em Timon, onde a manteve com a faca no pescoço por cerca de duas horas enquanto negociava com os policiais. Ao libertar a vítima, Rodrigo avançou em direção a um PM, que revidou o ataque com tiros, atingindo o acusado. 

A professora foi libertada sem sofrer ferimentos.

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