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'Ouvi crianças gritando', conta vizinha de escola onde ladrão foi morto

Mães e filhos estavam na escola na manhã deste sábado (12) para celebração de Dia das Mães. Entre as mães, estava uma policial militar de folga que atirou no assaltante.

14/05/2018 15:00

Vizinhos e pais tentam retomar a rotina nesta segunda-feira (14), dois dias depois de uma policial militar de folga, que ia ver a festa de Dia das Mães da filha, matar um assaltante na frente de uma escola particular de Suzano.

Conceição Castro dos Santos estava em casa e ouviu toda a movimentação. “No momento eu achei que era uma bomba ou fogos. Achei estranho e vi que eram tiros. Em seguida, ouvi as crianças gritando e chorando. Foi uma gritaria e eu sai para ver.”

Elivelton Neves Moreira foi morto depois de, armado, abordar mães na frente da escola. Segundo a PM, a policial Kátia da Silva Sastre viu a movimentação e ouviu uma mãe dizendo que era assalto.

Homem que sacou arma em frente a escola foi baleado por mãe que é PM e estava de folga, em Suzano (Foto: Alexandre Mauro/G1)

Neste momento, ela foi se aproximando, sacou a arma e disparou três vezes contra o suspeito, que morreu no hospital. A câmera de monitoramento da escola registrou a ação.

PM de folga mata ladrão armado diante de escola, em São Paulo. (Foto: Reprodução)

Segundo a polícia, o homem de 20 anos tinha passagens por roubo, receptação, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.

Policial que matou ladrão em Suzano é homenageada (Foto: Giba Bergamim/TV Globo)

Por causa da ação, a policial foi homenageada pela corporação e o governador Márcio França (PSB) participou da cerimônia, entregando flores para a cabo da PM. “Eu pensei apenas em defender as mães, as crianças, a minha própria vida e a da minha filha. Deu tudo certo”, afirma.

De volta à rotina

Na manhã desta segunda-feira (14) os pais, ainda abalados, levaram os filhos para a escola. “A gente sabe que acontece, mas quando é próximo da gente, realmente a gente fica muito mais preocupado e tenta ficar mais atento em tudo que acontece. A atenção está mais redobrada hoje”, conta Fábio Felippelli.

De acordo com a moradora Conceição, este não foi o primeiro caso de assalto no bairro. Ela reclama da falta de segurança.

“Você não vê viatura e policiais aqui. Quando acontece alguma coisa, dificilmente vem uma viatura e eles só perguntam se tem vítima. A gente sai na rua já olhando para os lados. Uma faxineira, inclusive, estava lavando a calçada e levaram a aliança dela. De um vizinho já levaram a aliança e a minha casa também já foi assaltada. Eu não estava aqui, mas limparam tudo.”

Euza de Alcântara também reclama da segurança. “Eu passo aqui tremendo porque não tem segurança nenhuma.”

Para o pai, o preparo da policial fez toda a diferença. “Ela estava no momento certo, na hora certa e super preparada.”

O G1 pediu um posicionamento para a Polícia Militar sobre o policiamento no bairro e aguarda retorno.

Fonte: G1
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