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Polícia investiga possível segunda vítima do estupro coletivo no RJ

Segundo a delegada, todos os quatro rapazes que participaram do crime são menores.

12/05/2017 13:54

A titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), Juliana Emerique, informou, nesta sexta-feira, que um novo inquérito foi instaurado para investigar a possível existência de uma segunda vítima no caso do estupro coletivo à menina de 12 anos, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Segundo a delegada, todos os quatro rapazes que participaram do crime são menores. Destes, um já está apreendido, dois ficaram de se apresentar ainda nesta sexta-feira e um quarto participante já é considerado foragido.

— Nós estamos há sete dias investigando esse caso. O vídeo ganhou repercussão na última sexta-feira, mas o caso aconteceu na segunda-feira da semana passada.

Ainda de acordo com a delegada, a polícia descobriu que, por mais que tenha apenas 59 segundos de gravação das cenas do estupro, a vítima teria ficado pelo menos uma hora na casa.

— Nós já ouvimos essa segunda possível vítima. A gente não vai entrar em detalhes sobre o que ela falou. Mas, seu depoimento nos ajuda a entender a dinâmica do fato.

Juliana Emerique alerta que existe um segundo inquérito que está sendo apurado junto a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) sobre a divulgação do vídeo do estupro.

— As pessoas precisam ter consicência de que quem compartilha e guarda o vídeo também está cometendo crime. Por isso, pedimos para que algum jovem que tenha recebido o vídeo pelo WhatsApp que o apague imediatamente.

No programa de proteção

A vítima já foi incluída no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAM), informou a Secretaria de Estado de Direitos Humanos.

Segundo o delegado, a Polícia Civil fez uma solicitação para o Facebook preservar todo conteúdo que mostra o ato contra a menina. Foi pedido o congelamento de duas páginas fechadas da rede social — assim, mesmo que as pessoas deletem as mensagens, os registros serão mantidos —, nas quais estavam sendo compartilhados o vídeo e comentários sobre ele. A Dcav pedirá que a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) dê apoio à investigação.

O crime em vídeo

No vídeo compartilhado em redes sociais, pelo menos quatro rapazes aparecem nus. A vítima grita pedindo para que o estupro pare, mas os homens continuam com as agressões. Ela também tenta se esconder atrás de uma almofada.

“Cala a boca. Vão ficar ouvindo a sua voz e vão saber que é tu”, diz um dos agressores. “Tapa o rosto da novinha”, afirma outro envolvido durante o vídeo.


Fonte: Extra
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