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Grávida medieval deu à luz no túmulo depois de se submeter à 'neurocirurgia'

Devido à posição dos ossos, os pesquisadores concluíram se tratar de um caso de nascimento no caixão

26/03/2018 12:04

Uma grávida da Idade Média, que foi sujeita à cirurgia de crânio na Itália, deu à luz depois de ter morrido, de acordo com uma equipe de cientistas que examinou os antigos restos mortais.

O caso, cujos detalhes foram publicados na revista World Neurosurgery, foi identificado pelos pesquisadores como nascimento no caixão — um fenômeno que ocorre quando um embrião de uma grávida falecida é expulso do corpo da mãe no túmulo. Conhecido como extrusão fetal após a morte, ocorre na sequência do aumento da pressão de gás dentro de um corpo em decomposição.

De acordo com os cientistas, nascimento teria sido parcial. Foto: Reprodução

Cientistas da Universidade de Ferrara e Bolonha na Itália analisaram o esqueleto de uma mulher descoberto em 2010 na pequena cidade de Imola, Bolonha. Crê-se que os restos mortais sejam do período entre 600 e 700 a.C.

A mulher foi encontrada com o embrião entre as pernas. Devido à posição dos ossos, os pesquisadores concluíram se tratar de um caso de nascimento no caixão. A cabeça do embrião e a parte superior do corpo foram encontradas fora da cavidade pélvica da mulher, enquanto as pernas do bebê ficaram dentro. De acordo com os cientistas, há chances de corresponder a um nascimento parcial de uma gravidez de 38 semanas.

Além do mais, a mulher tinha um buraco de cinco milímetros no seu crânio, o que, talvez, signifique que tinha sido sujeita à trepanação, procedimento cirúrgico de abertura do crânio por perfuração ou raspagem das camadas ósseas.

Como trepanação era usada para tratar pré-eclâmpsia — alta pressão arterial ligada à gravidez, os cientistas supõem que pode ter sido o caso da gestante. Ela teria vivido somente uma semana depois da operação e foi sepultada ainda grávida, dando à luz durante decomposição do corpo.

No ano passado, um caso parecido foi registrado perto do cemitério de vítimas da Peste Negra, não tão longe de Gênova, Itália.

Fonte: Jornal do Brasil
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