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70 bacias hidrográficas estão sendo monitoradas

Aquelas em situação crítica estão passando por estudos para que se possa intervir antes que ocorram problemas maiores.

03/04/2018 07:24

Cerca de 70 bacias hidrográficas estão sendo monitoradas pela Prefeitura de Teresina. Destas, oito macrobacias são consideradas críticas e estão passando por estudos, que irão propor intervenções para solucionar os problemas. 

Segundo José Alberto Rodrigues, assessor de coordenação da Secretaria Executiva de Captação de Recursos, da Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação (Semplan), o mapeamento faz parte do plano diretor de drenagem da Capital e visa identificar essas áreas e adotar medidas que solucionem os problemas de alagamento da cidade. 

“Dessas 70 bacias identificadas, foram verificadas as oito mais críticas e prioritárias, e duas empresas estão mapeando esses elementos de drenagem, como bueiros, galerias e devem propor uma rede nova e intervenções para conduzir essas águas das chuvas e melhorar a situação em diversos pontos da cidade”, explica, destacando que a região onde fica localizada a BR-343, que rompeu com a força das águas, faz parte de uma dessas bacias estudadas.

José Alberto Rodrigues afirma que, com esses estudos e projetos, será possível conseguir recursos federais para realizar as intervenções. De acordo com ele, “as macrobacias são regiões delimitadas naturalmente pela tipografia do terreno e que definem os caminhos das águas”. O assessor de coordenação enfatiza que os investimentos em obras de drenagem são bastante elevados e que os municípios não têm condições de arcar apenas através de seus recursos próprios.


Info: O Dia

Através desse estudo e projeto que estão sendo elaborados, será possível definir as medidas necessárias a serem adotadas de acordo com a demanda do local, avaliando critérios como o volume da água; largura das galerias que deverão ser construídas; a origem e percursos dessas águas, entre outros.

O projeto das oito macrobacias já está sendo finalizado, sendo três em fase executiva e cinco em projetos básicos. De posse desses estudos, a Prefeitura já cadastrou duas dessas macrobacias no programa de drenagens do Ministério das Cidades, do Governo Federal. As obras, que contemplarão a região Centro/Sul e Sul, estão orçadas em quase R$ 300 milhões.

Medidas paliativas

Em relações às medidas a curto prazo para evitar que novos episódios como o do fim de semana aconteçam, José Alberto Rodrigues, assessor de coordenação da Secretaria Executiva de Captação de Recursos da Semplan, informa que está em fase final de licitação a continuação da obra da galeria da zona Leste. As obras estão estimadas em R$ 50 milhões.

Enquanto os projetos não são concluídos e as obras iniciadas, a Prefeitura enfatiza que tem adotado medidas paliativas. Diariamente, no período chuvoso, as Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs) cumprem uma programação de limpeza e manutenção de galerias e bueiros existentes.

“Além da insuficiência de drenagem da rede, há o problema de entupimentos de lixos domiciliares nesses pontos, o que potencializa os problemas já existentes. As SDUs têm contrato de manutenção e limpeza dessas galerias, bueiros e sarjetas para que sejam reparadas de imediato. Se já temos uma rede insuficiente e ela está obstruída por resíduos, estamos diminuindo ainda mais o escoamento dessas águas”, disse José Alberto Rodrigues.

Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia
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