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De troca, o Troca-Troca não tem mais quase nada

Um dos pontos comerciais mais tradicionais de Teresina perdeu sua característica de origem.

20/07/2014 08:12

Geladeiras, fogões, ventiladores, bicicletas, televisores, material de construção, ferramentas. Esses são alguns dos itens que podem ser encontrados na feira do Troca-Troca, localizada na Avenida Maranhão, Centro de Teresina. Fundado em 1985, o local é um dos pontos comerciais mais procurados por quem deseja comprar e vender algum produto, novo ou usado. 

José Belarmino de Oliveira, de 87 anos, trabalha no local desde 1982, antes mesmo do Troca- -Troca ter essa estrutura atual. Trabalhando com a venda de ferramentas, ele afirma que, antigamente, as trocas entre mercadorias eram melhores, diferente do que é hoje. 

�€œAqui, era bom para trocar, trocar mesmo. As pessoas chegavam e trocavam qualquer coisa, mas, hoje, o pessoal não quer mais trocar. Sabe por quê? Porque eles querem trocar, mas pedem uma volta boa [em dinheiro] e os trocadores não querem voltar aquela quantia, aí desanima e é a causa da gente não querer trocar mais�€, revela. Apesar dessa troca entre produtos ser cada vez mais rara, as mercadorias não deixam de circular pelo local. �€œ�‰ difícil uma pessoa vir trocar alguma coisa aqui, eles vêm é vender mesmo, tudo. O que vier, vende. Dependendo do produto, a gente dá um dinheirinho�€, explica. 

O vendedor relata que muitas pessoas, quando querem comprar ou vender um produto, não pensam duas vezes, se dirigem imediatamente ao Troca-Troca. �€œPara vender, não tem outro lugar, só no Troca- -Troca, porque, aqui, o que trouxer para vender, vende de qualquer maneira. Tem gente que compra uma geladeira em alguma loja por uns R$ 3 mil, chega aqui e vende por R$ 1 mil, então é bom para a gente�€. 

Mesmo o produto não tendo a garantia, como os comprados em lojas, José Belarmino garante que o que é adquirido na Feira também é de qualidade. �€œSe a pessoa quiser comprar um ventilador, aqui tem, e funciona direitinho, liga direitinho. Seminovo�€, pontua.

Mais informações no Jornal O Dia deste domingo (20).

Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia
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