A gasolina comum, preferida entre os motoristas teresinenses, sofreu uma queda de preço nas últimas semanas. Os postos de combustíveis da capital iniciaram um processo de redução sutil do valor do combustível e os consumidores já notaram diferença. Contudo, os preços variam de acordo com as regiões da cidade.

Segundo o mototaxista José Machado, os postos concentrados na região da Avenida Barão de Gurguéia, na zona Sul da cidade, são os que comercializam a gasolina mais barata, além dos postos de bairros. “Encontramos até R$ 3,05, mas a média é entre este valor e R$ 3,20, depende do local”, afirma. O mototaxista, que circula cotidianamente por toda a cidade, apesar de ter comprar o combustível com o desconto da classe, nota as oscilações de valores entre regiões.

Já a educadora física Marly de Sousa mora em Timon e reclama da qualidade do combustível comercializado na região. “Não faço mais o mesmo percurso com a quantidade de gasolina que sempre costumo colocar. E, detalhe, a qualidade também caiu. A minha moto acusa na hora quando a gasolina é de péssima qualidade”, declara Marly, que possui uma motocicleta e a abastece com R$ 20 semanalmente. Segundo ela, tem pago, em média, R$ 3,40 pelo litro da gasolina.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

Marly ressalta ainda que costuma abastecer em postos diferentes e nota que, em Timon, a gasolina é mais cara, e chega a custas entre R$ 0,20 e R$ 0,40 centavos a mais. “No final do mês, o peso desse gasto é o equivalente ao peso de uma grande âncora”, fala. Quando pode, a educadora física abastece em Teresina, onde acredita ser bem mais barato.

Em fevereiro deste ano, o aumento da tributação que incide na gasolina e no diesel foi de 8% e refletiu diretamente no bolso do consumidor, que chegou a pagar até R$ 0,30 a mais pelo litro da gasolina e R$ 0,15 pelo diesel. Assim que o reajuste foi concedido, o valor do litro da gasolina nos postos de Teresina chegava, em média, a R$ 3,25.

Com informações da agência de notícia Reuters, em junho deste ano, a Petrobras voltou a sofrer com a defasagem dos preços da gasolina em relação ao mercado externo, ao mesmo tempo em que o momento de crise econômica no país, que colabora para a redução no consumo do combustível, dificulta um eventual reajuste no preço do produto.

O consumo da gasolina vendida nos postos teve queda de 8,5% em abril, ante o mesmo período do ano passado, segundo o mais recente dado da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado no final de maio. E, além do desempenho econômico fraco, o consumo de gasolina tem sido afetado, este ano, pela melhora da competitividade do etanol hidratado, concorrente do combustível fóssil no Brasil.

Por: Ana Paula Diniz - Jornal O Dia