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PM prende 6º suspeito de assassinar policial do Bope em Teresina

Último dos suspeitos detidos, identificado como Flávio, confessou ter sido um dos que efetuou os disparos contra o cabo Claudemir Sousa.

07/12/2016 14:40

Atualização às 18h15

O corpo do policial militar Claudemir Sousa, do Bope, foi sepultado no início da noite desta quarta-feira (7). O velório foi realizado na Paróquia Militar de São Sebastião, localizada ao lado do Quartel do Comando Geral da PM-PI, no bairro Cristo Rei.

O cortejo fúnebre entre a igreja e o cemitério contou com diversas viaturas da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, além de veículos de familiares e de amigos de Claudemir.

Atualização às 17h05

A Polícia Militar efetuou, por volta das 15h30 desta quarta-feira, a prisão do sexto suspeito de participar do assassinato do cabo Claudemir Sousa, policial do Bope, morto na noite de terça-feira (6), quando saía de uma academia no bairro Saci, zona sul de Teresina. Uma mulher ainda segue foragida. Ela teria apontado para os assassinos quem era o policial.

Identificado como Flávio Willame da Silva, o suspeito relatou à Polícia Militar já ter sido preso no Maranhão, por receptação de motocicleta roubada e por formação de quadrilha. Ele teria conseguido a liberdade há cerca de dois meses. "A minha participação... Eu não sabia. Eu sou confesso. Eu não sabia que o rapaz era polícia [sic]. Se eu soubesse eu jamais, jamais teria feito aquilo ali. A minha participação, eu tava com um 38 e atirei no policial, e quem acabou foi o outro", confessou Flávio Willame, que foi preso no bairro Promorar.

"Logo que o crime ocorreu nós soubemos da participação dele e começamos as investigações para que alguém pudesse nos dar informações a respeito desse indivíduo. Aí nós recebemos a informação de que ele estaria numa casa, aqui no Promorar, o que foi confirmado", afirmou o capitão Silas.

Flávio também confessou que receberia R$ 5 mil pela participação no crime. Ele teria usado um revólver calibre 38 para disparar contra o cabo Claudemir.

Notícia original, postada às 14h40

A morte do policial Claudemir Sousa não seria a primeira que o taxista José Roberto Leal da Silva, o Beto Jamaica, teria agenciado. Ele foi preso na madrugada desta quarta-feira (07) por policiais do Bope, e teria assumido que já contratou pessoas para praticar outros assassinatos. A informação é do comandante do Bope, tenente-coronel James Sean.

Segundo ele, Beto Jamaica já atuava há muito tempo cooptando pessoas para praticar crimes diversos. “Ele pode não confirmar no depoimento à Polícia Civil, mas no momento em que foi preso disse que recrutava indivíduos de vários bairros para tráfico de drogas, roubos e assassinatos. Alguns crimes poderão ser esclarecidos agora”, disse o comandante do Bope.


Para matar Claudemir, o agenciador contratou Francisco Luan de Sena, Igor Andrade Sousa e Wesley Marlon Silva, além de Flávio Willame da Silva e uma mulher. Esses dois últimos ainda estão foragidos. O crime teria sido encomendado por Leonardo Ferreira Lima, supostamente por motivações passionais.

O comandante do Bope informou que a quadrilha tentou matar Claudemir outras duas vezes. “Há 15 dias ele foi vítima de um suposto assalto ao sair da academia, mas correu, jogou o celular no chão e os caras foram embora. Alguns dias depois, os mesmos envolvidos voltaram ao local, mas como não viram o policial, foram embora”, relata o tenente-coronel James.


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Por: Nayara Felizardo
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