O desembargador do Tribunal Regional Federal da 1° Região (TRF-1), Kássio Nunes, é apontado como favorito para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo os colunistas Lauro Jardim e Mônica Bergamo, do GLOBO e Folha de São Paulo, respectivamente, o piauiense teria sido a escolha do presidente Jair Bolsonaro para ocupar a cadeira do ministro Celso de Mello, que antecipou sua aposentadoria para o próximo mês.

^{Kássio Nunes (Foto: Reprodução)}

Segundo o jornal carioca, Nunes esteve ontem (29) no Palácio do Planalto para acertar detalhes da indicação e que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já teria sido avisado sobre a decisão. Já o veículo paulista noticiou que, além de políticos aliados, Bolsonaro também teria comunicado a escolha aos ministros do STF. 

A possibilidade de um piauiense chegar à Suprema Corte foi comemorada pelo senador Ciro Nogueira (Progressistas), um dos principais aliados do presidente no Congresso Nacional. Em 2019, ele já havia manifestado a possibilidade de Kássio Nunes chegar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou STF muito em breve. "Na torcida" para que a indicação seja concretizada, o parlamentar destacou a capacidade do conterrâneo para ocupar o posto.

“Seria o primeiro piauiense em mais de 50 anos no STF (...) Ele é considerado um dos desembargadores federais mais produtivos entre seus pares e todos que conhecem a sua trajetória sabem da competência e compromisso do Dr. Kássio Nunes com o seu trabalho. A escolha do presidente Jair Bolsonaro seria um gesto de reconhecimento da capacidade do povo do Piauí e todo o Nordeste”, postou o líder progressista em seu Twitter.

^{(Fonte: reprodução/Twitter)}

Trajetória

Kássio Nunes Marques nasceu em Teresina, no dia 16 de maio de 1972. Graduou-se em Direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), especializou-se em Processo e Direito Tributário, pela Universidade Federal do Ceará (UFCE), e é mestrando em Direito Constitucional, pela Universidade Autônoma de Lisboa. Na carreira de advogado, ocupou diversos cargos na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Piauí (OAB-PI), e foi suplente do Conselho Federal da OAB. Ainda no Conselho Federal, integrou a Comissão Nacional de Direito Eleitoral e Reforma Política. Em maio de 2008, tornou-se juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI).

Por: Breno Cavalcante