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Dudu diz que Ciro Nogueira 'não sabe viver sem estar na sombra do governo federal'

Vereador criticou as últimas declarações do senador acerca da gestão petista no estado, com quem rompeu recentemente

12/08/2020 10:58

rompimento entre o governador Wellington Dias (PT) e o senador Ciro Nogueira (Progressistas) ainda repercute no cenário político local. O assunto foi lembrado pelo vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT), durante sessão na Câmara Municipal de Teresina (CMT) na manhã desta quarta-feira (12).

Ele lembrou que o senador foi reeleito com apoio de membros do PT, inclusive ele próprio, mesmo este tendo “traído” o partido, fazendo referência ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT), em que Ciro foi favorável. "Não faça disso um palanque injusto com quem ajudou a lhe eleger", disse.

Vereador Dudu (Foto: Arquivo/ODIA)

Além disso, Dudu rebateu a recente acusação feita por Ciro Nogueira em relação a forma como o Governo do Estado gerencia os recursos oriundos dos precatórios judiciais do do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), sugerindo “mau uso de dinheiro público” e “desvios criminosos”.

O vereador da capital lamentou o comportamento do ex-aliado que, segundo ele, "não sabe viver sem estar na sombra do Governo Federal", ao lembrar a reaproximação do senador piauiense ao presidente Jair Bolsonaro. “O seu tamanho não precisa ser rebaixado, para fazer um aceno para ao Bolsonaro, que vossa excelência chamou de fascista, atacando o PT", disparou.


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Por fim, o líder da oposição na CMT pediu que Ciro Nogueira esqueça os ataques e trabalhe em benefício do estado mesmo sem estar aliado à gestão. “Faça bom proveito e siga seu caminho. Trabalhe pelo Piauí, que é sua obrigação, mas não cuspa, mais uma vez, no prato que você comeu até um dia”, finalizou.

Reação

Em resposta, vereadores do PP pediram aparte ao discurso do petista, como o presidente municipal da sigla, Aloísio Sampaio. Apesar de não ter relação com as discussões partidárias em âmbito estadual, pontuou que “quem precipitou a questão política não foi o Progressistas nem Ciro Nogueira, foi o próprio governador Wellington Dias”.

Embora considere o impasse como mais pontual entre o senador e o governador, Graça Amorim reiterou a importância daquele para conseguir investimentos federais ao estado, o que deve ser mantido em sua avaliação. Ela citou, por exemplo, que alguns deputados estaduais do PP, à exemplo do seu irmão Hélio Isaías, permanecem na base de Wellington Dias. “Não é o momento de estarmos achincalhando esse ou aquele, dizendo quem está ou não certo”

Por: Breno Cavalcante
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