Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

ENEM: Merlong pede adiamento da reaplicação da prova após alta abstenção

Em todo o Brasil, mais de 51% dos candidatos inscritos deixaram de fazer as provas. Deputado pele que reaplicação ocorra quando os índices da covid estiverem em queda.

08/02/2021 11:43

O deputado federal Merlong Solano (PT) entrou com uma representação junto à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão solicitando o adiamento da reaplicação das provas presenciais do Enem 2020, marcada para acontecer nos dias 23 e 24 de fevereiro. O parlamentar alegou que o Exame teve recorde de abstenções em razão da pandemia de covid-19 e que não seria prudente realizar a segunda etapa de aplicação para os faltosos em meio à crescente dos casos em todo o país.

A primeira prova do Enem 2020 na modalidade presencial foi aplicada no dia 17 de janeiro e teve abstenção de 51,5% em todo o Brasil. No Piauí, a taxa de candidatos faltosos também ficou acima dos 50%. No dia da segunda prova, 24 de janeiro, a abstenção nacional foi de 55,3%. O próprio Inep, organizador do exame, chegou a afirmar que este é o maior índice da história do Enem. O recorde anterior havia sido alcançado em 2009.

Já no Enem Digital, modalidade eletrônica da prova, a taxa de ausência dos candidatos em todo o país ultrapassou os 70% e no Piauí ficou em 67,2%. 


O deputado federal Merlong Solano entrou com pedido de adiamento da reaplicação do Enem 2020 - Foto: Arquivo O Dia

Ao solicitar o adiamento da reaplicação do ENEM, o deputado Merlong Solano também requereu que todos os candidatos que perderam qualquer uma das fases do exame 2020 tenham direito a fazerem a prova novamente. Na representação encaminhada à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão consta ainda o pedido de devolução do valor da inscrição, R$ 85,00, para aqueles que pagaram para fazer a prova, mas preferiram não comparecer. 

"O Governo Federal está transformando o Enem em um grave instrumento de exclusão social. Desconsidera o fato de que mais da metade das pessoas inscritas não realizaram as proas. É imprescindível sua realização em uma nova data, em que os casos de contaminação estejam em queda. E que seja assegurado o direito à reaplicação a todos aqueles que não foram fazer o exame por medo de um possível contágio. É uma questão de oportunidades iguais de acesso ao ensino superior", disse o deputado em suas redes sociais.

Além de Merlong Solano, também assinam a representação parlamentares dos estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Ceará, Acre, Mato Grosso, Espírito Santo, Paraná, Amazonas, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Amazonas.

Mais sobre: