Confirmado como o futuro titular da Secretaria Municipal de Educação de Teresina (Semec), Nouga Cardoso afirmou nesta terça-feira (15), em entrevista ao Jornal O Dia, que a administração pública precisa “apontar uma saída” para a questão do retorno das aulas presenciais, o que tem sido discutido com por ele e a equipe de transição do novo prefeito, Dr. Pessoa (MDB).

Para tanto, o próximo gestor da rede municipal de ensino prega cautela e avaliação das circunstâncias para a volta dos alunos às salas de aulas. “A cidade tem realidades bastantes diferentes. Temos o ensino privado e o público, que acontecem em condições favoráveis de se praticar a boa educação e a boa convivência, mas também há situações não tão favoráveis”, pontuou.

^{Nouga Cardoso (Foto: Assis Fernandes/ODIA)}

A declaração aconteceu no mesmo dia em que um grupo de pais organizou um protesto, cobrando o retorno das aulas presenciais nas escolas teresinenses, suspensas em decorrência da crise sanitária do novo coronavírus (Covid-19). O ato foi realizado em um restaurante localizado na zona Leste da cidade, uma crítica a não flexibilização das medidas de restrições às atividades educacionais. 

Segundo Nouga, a melhor resposta para essa demanda da população é a adoção de um ensino híbrido. Ele pontua, porém, que ainda aguarda normativas do Ministério da Educação e orientações das autoridades sanitárias municipais para traçar, com a sua equipe de técnicos, um protocolo com todas as diretrizes para a retomada das aulas presenciais.

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Apesar disso, o secretário em potencial reforça que levará em conta tanto as recomendações de saúde como as sugestões dos profissionais em educação e dos pais e responsáveis pelos alunos. “Não é da nossa intenção impor nenhuma decisão a contragosto, sem que seja pensada de uma forma racional e profissional por quem tem condições de balizar o posicionamento da gestão da Semec”, concluiu. 

A previsão é que a conclusão do ano letivo de 2020, que está sendo cumprido em regime remoto através de aulas e atividades transmitidas por meio televisivo e de ferramentas da internet, só aconteça em meados de fevereiro do próximo ano, às vésperas da estimativa para o início das atividades escolares de 2021, agendadas para março. 

Por: Breno Cavalcante