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Ato unificado leva centenas de mulheres às ruas de Teresina

No Dia da Mulher, estudantes, trabalhadoras e integrantes de movimentos sociais se reuniram em protesto no Centro da Capital.

08/03/2019 18:56

Em alusão ao dia 8 de março, data em que é celebrado o Dia da Mulher, centenas de mulheres foram às ruas de Teresina para protestar contra a Reforma da Previdência e outras pautas que atingem a população feminina a nível nacional, como a desigualdade salarial e a violência contra a mulher. Estudantes, trabalhadoras e integrantes de movimentos sociais se reuniram às 16h na Praça da Liberdade, no Centro de Teresina, e saíram em caminhada pela Avenida Frei Serafim, entoando palavras de ordem e com cartazes com as principais pautas do movimento.

Ato unificado leva centenas de mulheres às ruas de Teresina. (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)

Diversas entidades sindicais e movimentos organizados estiveram presentes no ato, como o Movimento dos Pequenos Agricultores, Movimento dos Atingidos por Barragens, a Central Única dos Trabalhadores e o Movimento RUA.  A secretária de Mulheres da CUT e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí, Antônia Ribeiro, explica que o ato estava sendo organizado desde outubro de 2018 e é apenas uma “prévia” de outros protestos a serem organizados ao longo do ano.

Ato unificado leva centenas de mulheres às ruas de Teresina. (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)

Sobre a Reforma da Previdência, a professora acredita que o modelo em tramitação no Congresso Nacional fere os direitos das mulheres brasileiras. “A Reforma da Previdência tira o direito da aposentadoria e atinge principalmente as mulheres, mulheres negras, do campo e principalmente as professoras. Esse projeto traz a idade mínima de 62 anos e iguala a idade dos demais da regra geral para 65 anos. Isso é uma violência com a classe trabalhadora e nós não podemos aceitar e não vamos ficar paradas”, enfatiza.

Durante o ato, uma das principais pautas debatidas pelas manifestantes foi a violência contra a mulheres. Segundo elas, além do feminicídio, que é o homicídio de mulheres ocasionado por questões de gênero, é importante também trazer à tona problemas como a violência psicológica e a descriminalização do aborto.

Ato unificado leva centenas de mulheres às ruas de Teresina. (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)

“Falar sobre as mortes e os riscos causados pelo aborto clandestino é falar de violência contra a mulher, porque quem morre no país na questão do aborto são as mulheres da periferia pobres e pretas, porque clínicas de aborto clandestinas existem várias para a alta sociedade. Quando a gente quer trazer essa pauta é para proteger, prevenir e salvar vidas”, afirma Neide Carvalho, presidente da Frente Brasil Popular.

Devido à manifestação, o trânsito da Avenida Frei Serafim foi interditado por alguns minutos, mas liberado em seguida. A caminhada terminou no Complexo Francisco das Chagas Júnior, embaixo da Ponte Juscelino Kubistchek.


Por: Nathalia Amaral
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