Desde que o período chuvoso teve início, em janeiro deste ano, muitas famílias têm enfrentado desafios. O principal deles é o da moradia. Atualmente, 777 famílias tiveram que deixar suas casas em Teresina após os imóveis serem invadidos pelas águas. Cerca de 70 famílias foram abrigadas em escolas, que agora estão sendo remanejadas para que as aulas da rede municipal iniciem de forma presencial, no início de abril.
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Diversos órgãos da Prefeitura de Teresina se reúnem, desde ontem (28) para traçar estratégias, de modo a acomodar essas famílias que serão novamente realocadas. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh), Edmilson Ferreira, a prefeitura está fazendo um levantamento das moradias deixadas no período das chuvas e enchentes.
(Foto: Assis Fernandes/ODIA)
“Estamos verificando todas as moradias abaixo da cota de inundação e essas serão demolidas, a família não poderá voltar para uma situação de risco. As casas que estejam acima da cota de inundação serão avaliadas para saber se terá condições de receber essas famílias. Certamente algumas deverão passar por reparos”, disse.
As famílias que não puderem retornar para os imóveis serão direcionadas para o programa Cidade Solidária, que atende cerca de 90% das famílias desabrigadas, até que sejam adotadas medidas definitivas.
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“A prefeitura está procedendo medidas provisórias para alugar imóveis para os quais as famílias alojadas nas escolas serão remanejadas provisoriamente. Essas famílias que não puderem retornar para suas casas receberão moradias definitivas, mas é um processo que demora um pouco mais. Hoje estamos desenvolvendo projetos, em terrenos localizados na zona Sul e Norte, principalmente, para construção dessas moradias”, destacou Edmilson Ferreira.
Imóveis de aluguel serão cadastrados
A Superintendência de Ações Administrativas Descentralizadas (Saad Norte) está cadastrando residências que estão aptas a receber essas famílias que estão abrigadas nas escolas. Somente na zona Norte, quatro escolas estão abrigando famílias teresinenses. Segundo o superintendente da SAAD Norte, Daniel Carvalho, o cadastro deve ser feito no próprio órgão.
“As pessoas que tiverem interesse em colocar suas casas para aluguel devem informar seus endereços, que uma equipe de técnicos irá até o local avaliar a estrutura, e, se estiver de acordo, indicar a família para ir para a residência”, reforça.