^{O aplicativo SIU Mobile Teresina vem apresentando instabilidades (Foto: Assis Fernandes/ODIA)}

A produtora Lorena Passos, que pega a linha Miguel Rosa todo dia às 6h da manhã, afirma que o aplicativo não funciona sempre e que não tem como confiar no tempo de chegada que o mesmo informa. “Na minha rua passa dois ônibus, o São Cristóvão e o Miguel Rosa, então eu fico observando no aplicativo quando está a cinco minutos de distância pra poder ir para a parada de ônibus. Às vezes eu olho no aplicativo e diz que o ônibus está a oito minutos de distância. Porém, eu saio para a porta de casa e vejo ele passando, sendo que no app ainda está a 8 minutos de distância”, destaca a passageira. 

A usuária do serviço diz que sempre vai para a porta de casa minutos antes da chegada do ônibus, pois se confiar no aplicativo corre-se o risco de não pegar o ônibus. “Se eu não estiver na porta de casa pode ser que eu perca. O motorista e o cobrador já me conhecem, então eles param e eu vou correndo pegar. Isso acontece duas vezes na semana. Às vezes o ônibus já saiu da garagem, mas no aplicativo não mostra. Então a gente não consegue ter um monitoramento real”, diz Lorena Passos.

^{Os usuários acabam perdendo o ônibus por confiar no horário que está previsto no aplicativo (Foto: Assis Fernandes/ODIA)}

Além da Lorena, outras pessoas estão enfrentando o mesmo problema com o aplicativo. Como é o caso do publicitário Remo Dias, que comenta passar sobre as mesmas dificuldades ao utilizar o aplicativo e diz que os ônibus que aparecem no aplicativo são “fantasmas”. 

“Ontem eu estava na parada de ônibus próximo à Kennedy, onde no aplicativo informava que o ônibus já estava saindo do Centro e indo para a parada de ônibus. Fiquei observando no aplicativo, no mapa ele já havia passado por mim, mas lá no local não passou nenhum ônibus. No aplicativo ele seguiu viagem, mas fisicamente não estava ali. Era um ônibus fantasma. Isso aconteceu mais de uma vez com ônibus diferentes”, finaliza.

Como sanar o problema?

O serviço faz parte do cumprimento da exigência do Contrato de Concessão dos Serviços de Transporte Público por Ônibus, assinado em 2014 e com operação iniciada em 2015. Atualmente, é responsabilidade do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) manter o aplicativo funcionando.

Sobre o assunto, o diretor técnico do SETUT, Vinicius Rufino, explica que a instabilidade vem ocorrendo nos últimos dias já foi identificada e já vem sendo tratada pelos técnicos. "Nós detectamos uma instabilidade nos últimos dias e já tivemos um retorno positivo no sentido da resolução desse problema. Ainda não conseguimos identificar a causa do problema, mas já foi realizada a investigação na base do servidor e feita a reparação.  Até agora pouco, não tínhamos mais tanta indicação de falha no serviço. Então, em tese, esse problema do veículo não aparecer ou de algo relacionado ao horário já deve estar sanado”, justifica o diretor técnico. 

^{Diretor técnico do SETUT explica que problema já foi solucionado (Foto: Assis Fernandes/ODIA)}

Além disso, Vinicius Rufino afirma que 100% da frota de ônibus em Teresina possuem GPS e, quando o sinal apresenta problema, pode acarretar falhas no envio de informações para a rede do aplicativo. “100% da frota tem GPS que monitora em tempo real. Como todo sistema em rede, ela envia “eventos”. À medida que o ônibus vai andando, ele envia eventos de 30 em 30 segundos, indicando no app que ele está se movendo”, acrescenta. 

O que diz a Strans?

Procurada pela equipe de reportagem do O DIA, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS) pontua que o seu papel é cobrar o SETUT para que mantenha o aplicativo sempre funcionando. De acordo com o gerente de Planejamento de Transporte Público da Strans, Felipe Leal, nos últimos dias, ações de melhoria do aplicativo foram realizadas.