Exatos um mês após a
assinatura do acordo coletivo entre empresários de ônibus, trabalhadores do
sistema de transporte público da capital e Prefeitura de Teresina, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes
Rodoviários do Piauí (Sintetro), denunciou ao Portal O Dia a demissão de
12 motoristas e cobradores do Consórcio Poty, formado por três empresas e é
responsável por linhas que atendem a Zona Norte de Teresina.
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Segundo o
presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, entre os pontos definidos no acordo,
ficou garantido a manutenção dos empregos de trabalhadores. Porém não é o que
está acontecendo.
“Lá
(Consórcio Poti) demitiram cerca de 12 trabalhadores, e eles estão pegando os
que ficaram e fazendo com que o trabalhador fique dois turnos e realizando uma
prática que não é permitida, no caso o ‘pique’. Que é colocar um carro para
rodar duas ou três viagens pela manhã e três viagens a tarde. Sendo que o
ônibus poderia rodar a manhã inteira fazendo cinco ou seis viagens e a tarde do
mesmo jeito”, denunciou Antônio Cardoso.

Antônio Cardoso, presidente do Sintetro, denuncia demissão de motoristas e cobradores de ônibus (Foto: Assis Fernandes / O DIA)
De acordo
com a denúncia, com a demissão os outros são obrigados a dobrar o expediente de
trabalho. “A STRANS determinou que rodasse um certo número de ônibus, e eles
estão para enganar, porque eles colocam e logo recolhem (sem fazer a quantidade
de viagens ideal para atender a real demanda)”, complementou.
As linhas
onde esse problema estaria acontecendo são as que atendem a região da Santa
Maria da Codipi; Santa Maria – Vassouras; Parque Brasil e Mocambinho. “Nós vamos
levar essas denúncias ao Ministério Público e também ao Tribunal Regional do
Trabalho – TRT e à STRANS para fiscalizar. Porque não vamos aceitar que o
acordo coletivo assinado, eles tentem burlar”.

Segundo a denúncia, com as demissões, ônibus fazem menos viagens (Foto: Assis Fernandes / O DIA)
A STRANS, até o fechamento desta
reportagem, não foi encontrada para se posicionar sobre a fiscalização do
número de viagens que as empresas devem oferecer para os passageiros da zona
Norte de Teresina. A reportagem também procurou o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), mas não obteve retorno.
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