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Pessoas com deficiência denunciam a falta de acessibilidade nos ônibus de Teresina

Além da falta de transporte público na capital, nem todos os ônibus que circulam contam com acessibilidade para pessoas com deficiência

15/12/2021 17:12

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência assegura o direito ao transporte e à mobilidade da pessoa com deficiência. Por meio do art. 46, a igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de identificação e de eliminação de todos os obstáculos é garantida. Todavia, em Teresina tem sido cada vez mais difícil para as pessoas com deficiência física se locomoverem.

Isso porque, além da falta de transporte público na capital, que desde o início de 2020 causa transtornos à população, nem todos os ônibus que circulam contam com acessibilidade à cadeirantes e deficientes visuais, por exemplo. 


Veja mais: Teresinenses com deficiência visual reivindicam sinalização sonora nas vias da capital 

Em Teresina tem sido cada vez mais difícil para as pessoas com deficiência física se locomoverem. (Foto: Arquivo O Dia)

Quem faz esta denúncia é Carlos Amorim, jornalista e ex-diretor da Associação dos Cegos do Piauí (ACEP). Para ele, o fato de a população com deficiência ter que esperar três horas para pegar um ônibus que não possui acessibilidade é um total descaso. O jornalista conta que no bairro Morada Nova, local em que reside, há apenas um transporte coletivo que circula na região e que este não contempla as normas estabelecidas pela Lei Brasileira. 

“Fui vítima e tive meus interesses prejudicados por conta disto. Nem todos os ônibus têm elevador para cadeirantes, por exemplo. Eu já fiz uma denúncia sobre isso e nada foi resolvido”, comenta. 

Carlos Amorim destaca que apenas no seu bairro, cerca de oito pessoas com deficiência enfrentam problemas diariamente para se locomover na cidade. Além disso, o jornalista afirma ainda que as leis municipais sobre acessibilidade estão sendo ignoradas pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans). 

Carlos Amorim fez uma denúncia junto ao MP. (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

“Já entrei em contato com a Strans e eles afirmaram que estão colocando novas linhas, mas não vemos isso. Agora estou formalizando a denúncia junto ao Ministério Publico”, pontua.

Em Teresina, há aproximadamente 220 mil pessoas com algum tipo de deficiência e todos se sentem inseguros ao transitar pela capital, visto que falta uma acessibilidade que atenda a esta parcela da população e para Carlos, este é um processo de exclusão. 


Contraponto

A equipe do PortalODia.com entrou em contato com a Strans para mais informações a respeito da acessibilidade em Teresina, porém não houve sucesso. O espaço permanece aberto para esclarecimentos. 

Edição: Adriana Magalhães
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