Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Prefeitura suspende recursos e 50 escolinhas de futebol são afetadas em Teresina

Segundo Associação das Escolinhas de Futebol de Teresina (ACEFAT), cinco mil crianças foram afetadas com a suspensão dos recursos próprios da prefeitura. Profissionais fizeram protesto em frente à Semel, mas encontraram o local fechado.

23/12/2021 16:00

Desde fevereiro deste ano, 50 projetos sociais de futebol ligados à Associação das Escolinhas de Futebol de Teresina (ACEFAT) estão sendo afetados pela suspensão no repasse de recursos públicos realizados pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel). Com isso, cerca de cinco mil crianças e adolescentes – entre meninos e meninas atendidos pelas iniciativas – estão sendo prejudicados.

O presidente da ACEFAT, Fábio Ribeiro, explicou que o termo de fomento junto à Semel repassava um valor total de R$ 400 mensais para manutenção de cada projeto da associação. Os últimos pagamentos realizados foram no mês de fevereiro.  


“Temos um termo de fomento junto à Semel que nos faz o repasse de R$ 400 para 50 escolinhas da nossa Associação e estamos com sete meses que não recebemos. O último mês foi o mês de fevereiro. Eles alegam que o orçamento deixado para esse ano não foi suficiente para pagar os projetos”, disse.


Foto: Arquivo/Pessoal 

O termo de fomento é renovado a cada seis meses e é pago com recursos próprios da Prefeitura de Teresina. O novo contrato deveria ter ocorrido em setembro, segundo Fábio. “Não foi renovado em setembro e ainda tem essas parcelas atrasadas”, completa.

Foto: Arquivo/Pessoal

A Associação das Escolinhas de Futebol de Teresina atende 50 projetos que estão espalhados por todas as zonas da cidade. Um deles é a Associação Vila Real, no bairro Porto Alegre, na Zona Sul. Criado em 2018, a iniciativa já conta com mais de 80 alunos.


“O valor era pouco, mas ajudava bastante. Agora, quem continua ajudando sempre é os pais, amigos e empresários da região, não com dinheiro, mas como podem”, informou Sérgio Alves, um dos fundadores do projeto.


Na manhã desta quinta-feira (23), professores e coordenadores de escolinhas de futebol protestaram em frente à Semel para cobrar o repasse dos recursos. No entanto, os profissionais encontraram o local fechado.


“Estamos aqui cobrando para dar continuidade a esse trabalho. Sem esse valor, fica inviável o nosso trabalho nas nossas comunidades. Um trabalho que realizamos e tiramos jovens da ociosidade e da criminalidade. Por isso, estamos aqui com a diretoria e coordenadores para pedir ao prefeito Dr. Pessoa e secretários de finanças e esporte que venha atender aos nossos anseios”, finaliza.


Outro lado

Procurada pela reportagem, a assessoria da Semel informou que a secretaria entrou em recesso de fim de ano e que irá reunir a equipe responsável para emitir um posicionamento sobre o assunto. 

Mais sobre: