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Teresina: denúncias de violações contra pessoas idosas reduzem quase 80% em 2022

Entre os tipos mais comuns de violações estão a negligência e a violência psicológica.

15/06/2022 10:16

Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (15) pela Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), as denúncias de violações contra pessoas idosas em Teresina caiu quase 80% nos cinco primeiros meses de 2022. De acordo com o levantamento, de janeiro a maio deste ano, 19 denúncias foram registradas pela Gerência de Direitos Humanos da Semcaspi, enquanto no mesmo período do ano passado 94 casos foram registrados. Segundo a Semcaspi, a redução dos números não significa uma queda nos casos, e sim, que menos denúncias estão sendo formalizadas junto à rede de proteção.


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Foto: Reprodução/Pixabay

O balanço dos dados reforça a luta em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra Pessoa Idosa. Entre os tipos mais comuns de violações estão a negligência e a violência psicológica, com seis e nove denúncias, respectivamente. Em 2021, as duas violações também lideraram a lista, com 23 e 36 casos registrados na Capital. 

20212022
Negligência - 23Negligência - 06
Psicológica - 36Psicológica - 09
Financeira - 19Financeira - 02
Física - 16 Física - 02

Segundo Allan Cavalcante, secretário da Semcaspi, as duas violações mais cometidas contra a pessoa idosa são praticadas no âmbito familiar da vítima. “As mesmas violações destacadas este ano, a violência psicológica e a negligência, estão no topo do ranking do ano passado. A gente observa que, infelizmente, o agressor ou agressora, faz parte do convívio da vítima, ou seja, uma pessoa que supostamente seria de confiança. Diante deste cenário, temos fortalecido o trabalho de prevenção e fortalecendo os vínculos familiares, informando estes idosos sobre o que são as violências e as formas de denunciar, independente de quem seja o agressor, até porque há uma resistência de formalizar a denúncia por se tratar de um ente”, pontuou.

A Semcaspi possui uma rede de trabalho com a pessoa idosa, que atua na prevenção e no enfrentamento da violação. “A Semcaspi trabalha a prevenção e também o pós-violação. Os CRAS, que é a porta de entrada da Assistência Social, oferece serviços que atuam na prevenção, como os Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e o PAIF, que é o Programa de Atenção Integral à Família. Já no enfrentamento, temos o Disque Cidadania, onde recebemos as denúncias, o Conselho Municipal dos Direitos dos Idosos (CMDI), e atuamos com duas ILPIs, Nosso Lar e Lar de S’antana e o Centro-Dia Jequitibá”, citou.

Idadismo como novo preconceito

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos dos Idosos (CMDI), Maria Auxiliadora Sampaio, destaca que a população idosa tem sofrido um novo preconceito chamado de Idadismo, que acontece quando se busca categorizar ou dividir as pessoas a fim de causar prejuízos, desvantagens e injustiças.

 “Os idosos estão sofrendo um novo preconceito, que é contra a idade e está muito frequente. Este preconceito é praticado por pessoas em geral e estamos passando por um momento muito difícil na sociedade, porque estamos envelhecendo muito jovem, a partir de 60 anos já é considerado idoso no Brasil. E o pior, a sociedade de modo geral, não está preparada para conviver com este público”, esclareceu.

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