A equipe de reportagem do Portal O Dia flagrou, na manhã desta segunda-feira (28), as toalhas com imagens dos pré-candidatos à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro sendo comercializadas por ambulantes da capital. A venda vai de encontro à determinação feita pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI) na última sexta (25) de remoção das peças, por serem consideradas propaganda eleitoral fora do período determinado.

^{(Foto: Assis Fernandes / O Dia)}

As peças de toalhas de banho contêm o rosto das duas figuras da política nacional com frases como: “Tô com Lula para o Brasil voltar a sorrir” e “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos! Fechado com o Bolsonaro”. Os produtos estão sendo vendidos por valores que variam entre R$ 20 e R$ 30. 

^{(Foto: Assis Fernandes / O Dia)}

A equipe do PortalODIA presenciou a comercialização na praça do Parque Rodoviário, próximo à Rodoviária de Teresina e também no cruzamento das Avenidas Getúlio Vargas com a Barão de Castelo Branco, ambas na zonas sul de Teresina. Nos pontos de venda da Avenida Dom Severino e do Balão da Morada do Sol - que foram alvos da ação do TRE - os ambulantes que comercializam os itens não foram encontrados.

Nos dois pontos da zona sul, os ambulantes não quiseram ser identificados, mas contaram à equipe de reportagem que a venda está baixa e que até estavam sabendo da determinação do TRE-PI. Porém, como haviam comprado as toalhas para a revenda antes da decisão, estão tendo que continuar com comercialização para não amargarem prejuízos.

^{(Foto: Assis Fernandes / O Dia)}

Entenda a polêmica

A determinação do TRE-PI veio após representação ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral e determinou a remoção e o recolhimento dos artefatos eleitorais eventualmente encontrados na via pública, na cidade de Teresina (PI), no cruzamento da Avenida Homero Castelo Branco com a Avenida Dom Severino, contendo imagens de Jair Messias Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, com conotação eleitoral.

A representação feita MP Eleitoral, em 10 de março, por meio do procurador Eleitoral auxiliar Alexandre Assunção e Silva, teve como base a notícia de fato instaurada de ofício, que determinou diligências in loco, para fotografar o material, o local que o mesmo estava exposto, os possíveis envolvidos e responsáveis pela referida propaganda.