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Venda de motos dispara após alta no preço da gasolina e a falta de ônibus em Teresina

As motocicletas são uma alternativa para quem precisa se locomover e gastar menos

02/09/2021 11:51

A procura por motocicletas vem crescendo significativamente em Teresina. Isso porque a alto preço do combustível somada à falta de ônibus na capital fizeram com que as pessoas optem por adquirir uma moto, visto que é um veículo que consome menos gasolina e é uma alternativa para quem precisa se locomover sem gastar tanto.


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De acordo com Francildo Gomes, vendedor de motos em uma concessionária, as vendas do veículo alavancaram nestes últimos meses. “A procura por motos está muito grande, com o aumento do preço da gasolina os clientes estão buscando a compra de motocicletas, até mesmo para facilitar a questão do deslocamento e a economia”, afirma.

(Foto: Assis Fernandes/O DIA)

O vendedor conta que, em média, são vendidas mais de 250 motos por mês. Em percentual, Francildo acredita que as vendas aumentaram entre 30% a 40% durante a pandemia. Apesar de estarem trabalhando para atender o público, o funcionário da concessionária destaca que o mercado de motos não está preparado para a alta demanda de pedidos. 

“Sabemos que a situação da pandemia afetou todos os seguimentos, inclusive as fábricas. A nossa fábrica está funcionando, mas não com a produção como era antes. Houve uma diminuição na questão da mão de obra”, ressalta.

O consumidor Francisco Silva, que decidiu adquirir uma moto, destaca que o consumo e agilidade do veículo no trânsito é bem melhor do que um carro, por exemplo. “Acredito que uma moto é melhor, devido à carestia absurda do combustível que estamos vendo hoje em dia”, comenta.

(Foto: Assis Fernandes/O DIA)

Francisco constata que ao utilizar uma motocicleta, a população consegue andar mais e gastar menos. “Uma moto deve fazer uns 40 km com um litro de gasolina, enquanto o carro faz apenas 11 km”, exemplifica. 

Atualmente, a população teresinense gasta cerca de 30% do salário para se locomover diariamente. Danyllo Ribeiro, cozinheiro e artista visual, pontua que gasta cerca de R$ 300  por mês com transporte via aplicativos para chegar ao trabalho. Devido a esse grande gasto, Danyllo vem cogitando adquirir uma motocicleta, o que facilitaria o seu dia-a-dia.


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(Foto: Assis Fernandes/O DIA)

“Todo dia preciso gastar com locomoção e, dependendo do horário, sai bem mais caro que o normal. Fora que nem sempre a gente consegue achar um motorista disponível. Por isso, venho pensando em comprar uma moto. Por mais que seja mais perigoso andar de moto, é melhor que nada”, declara.

O cozinheiro observa ainda que não há como depender do transporte público. “Não sabemos quando um ônibus vai passar ou não. Muitas vezes já esperei horas na parada em vão. Então, prefiro investir em uma moto, que não consome tanta gasolina quanto um carro, do que ficar dependendo do transporte público ou gastar rios de dinheiro com combustível”, finaliza.

Edição: Ithyara Borges
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