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"œA vacina ajudou a salvar meu avô", diz neta sobre idoso de 104 anos que venceu a Covid-19

Flávio Brasil ficou internado por 13 dias em um hospital de Teresina após apresentar tosse seca e febre

23/06/2021 13:05

A história do sr. Flávio da Fonseca Brasil é um suspiro de fé e esperança em meio a tudo que a pandemia da Covid-19 tem nos causado nesses últimos meses. Ele, com 104 anos, venceu a doença após ficar 13 dias internado em um hospital particular em Teresina.

Na última terça-feira (22), o sr. Flávio Brasil recebeu alta médica. A equipe médica do hospital Unimed Teresina fez um vídeo comemorando a recuperação do idoso e publicou em seu perfil nas redes sociais. As imagens viralizaram e emocionaram a todos que assistiram e acompanharam sua luta contra a doença.

Apesar de  ter sido internado, sr. Flávio apresentou apenas sintomas leves da Covid-19, como tosse seca e febre, e não necessitou de internação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Contudo, a equipe médica optou por dar suporte de oxigênio, devido sua idade avançada, e tratamento adequado para combater a infecção. Flávio Brasil já tinha recebido as duas doses da vacina contra Covid-19. Ele foi imunizado ainda no mês de março, quando iniciou a vacinação dos idosos com 80 anos ou mais.

Sua neta, a administradora Júlia Flávia Santos (50), que leva o nome em homenagem ao avô, acredita que a vacina contribuiu para que Flávio não tivesse sintomas mais graves da doença. Além disso, os hábitos saudáveis, segundo ela, também podem ter contribuído para sua recuperação rápida.

“[Acredito que] tanto o organismo dele, que é resistente, por ele ter um estilo de vida mais saudável, como a vacina. Ele tem 104 anos, já pensou se ele não tivesse tomado a vacina e fosse direto para o hospital, com tudo o que vem com ela [sintoma]? Seria muito mais difícil. A vacina ajudou a salvar meu avô, melhorou a imunidade e conseguiu combater os sintomas [da doença]. Somos totalmente a favor da vacina”, disse.

Júlia Santos conta que o avô não tem comorbidades, mas utiliza marcapasso. Na juventude, sempre foi ativo, matinha hábitos saudáveis, com boa alimentação e exercícios físicos. A rotina influenciou a família, como Júlia. 

Da esquerda para a direita: Aline (bisneta), Julia (neta), Antônio Marques (filho). Ao centro, sr. Flávio sentado com a trineta (Foto: Arquivo pessoal)

“Meu avô é muito resistente e forte, e sempre foi uma pessoa saudável. Ele era oficial de Justiça, então ele ia para o trabalho de bicicleta, bem ativo, não bebia, não fumava, dormia cedo e acordava cedo. Sempre levou café na cama para minha avó, independente da data. Eu morei com ele por um ano, quando eu tinha 15 anos, e aprendi muito. Ele é um avô muito lindo!”, falou emocionada.

Sr. Flávio Brasil, que mora no Mocambinho, zona Norte de Teresina, já está em casa concluindo sua recuperação. Mesmo curado, os familiares redobraram a atenção e cuidados com o idoso. Júlia conta que ainda não pode visitá-lo, está sendo cautelosa, mas não esconde a felicidade em ter o avô novamente no seio familiar. “É maravilhoso!”. 

A administradora também usou suas redes sociais para agradecer aos profissionais de saúde pelos cuidados e atenção dedicados aos pacientes, em especial seu avô. “Dia de festa para estes profissionais [...]. Dia de festa para a nossa família por ver nosso vô Flávio vencendo a Covid do alto dos seus 104 anos. Obrigada, bom Deus, obrigada”, disse no post.

52% dos óbitos do Piauí são de idosos com idade acima de 70 anos

Enquanto os familiares do seu Flávio Brasil comemoram sua vitória contra a Covid-19, centenas de outras famílias não tiveram a mesma sorte em ver seus entes queridos retornando para seus lares. Segundo os dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), o Piauí já amarga 6.442 mortes decorrentes da Covid-19. Desse total, 3.396 são de pessoas com idade acima de 70 anos, o que representa 52% do total de mortes registradas em todo o Estado. 

O número de idosos com 80 anos ou mais que perderam suas vidas para a Covid-19 chega a 1.741 (27,04%),  o maior índice de mortes por faixa etária. Já os óbitos de idosos com idade entre 70 a 79 anos chegam a 25,7%, ou 1.655 vidas perdidas para esta doença. O segundo maior índice de óbitos do Piauí

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