Na edição do jornal O DIA do último sábado, 5 de novembro, a professora Patrícia Lima, que leciona em uma escola particular no centro de Teresina, apontou a possibilidade de o MEC escolher o tema "intolerância religiosa" para a redação deste ano do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Além de orientar os alunos em sala de aula, a professora também postou em seu perfil numa rede social sobre a possibilidade de o tema ser este.
Em entrevista ao portal O DIA neste domingo, a professora explicou que, por ter sido um tema amplamente debatido pela mídias nos últimos anos, seria provável que os elaboradores da prova o abordassem, para fazer os candidatos refletirem sobre uma das várias nuances do cenário social brasileiro.
Ela destaca, no entanto, que discorrer apenas não basta. O aluno, para não ficar na superficialidade e não fugir do tema, deve apresentar soluções, ou como a própria prova pede, caminhos para combater a intolerância religiosa. “O aluno tem que priorizar o combate. Como é possível que em um país laico isso pode ser feito de modo que haja respeito a todas as crenças?”, questiona Patrícia, acrescentando que o candidato deve ter isso em mente ao produzir o texto.
Em reportagem do jornal O DIA publicada no último sábado, 5 de novembro, professora sugeriu de forma acertada o tema da redação deste ano no Enem
Ela dá uma dica: "O aluno deve partir de uma perspectiva histórica e mostrar o quanto isso contribuiu e ainda contribui para a discriminação às demais religiões. Pode-se citar ainda os vários casos noticiados pela mídia, abordar a educação, a família, a igreja, e mostrar como as questões religiosas interferem na política brasileira".
Reportagem d'O DIA apresentou dicas aos estudantes
Além de sugerir que o tema da redação poderia ser "intolerância religiosa", a professora Patrícia Lima também deu outras dicas importantes para os estudantes inscritos no Enem 2016.
Ela alertou, por exemplo, para o cuidado de não apresentar soluções que atentem contra os direitos humanos, uma vez que o próprio Inep advertiu que serão anuladas todas as redações que cometam esse desvio grave - norma que já está prevista desde 2013.
Por: Maria Clara Estrêla e CÃcero Portela