A Fundação Octávio Miranda, em parceria com o Sistema O Dia de Comunicação, premiou na tarde deste domingo os 13 vencedores da 16ª edição do Concurso Jovens Escritores. Ao todo, 12 estudantes e um professor de escolas públicas e privadas receberam os prêmios. O tema geral deste ano foi a “Representatividade na construção de uma sociedade mais justa”, não considerando a quantidade, mas sim a importância da presença desses grupos na vida pública da sociedade. Veja a lista completa dos ganhadores.
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O concurso é realizado pela Fundação Octávio Miranda, em parceria com o Sistema O Dia de Comunicação e visa estimular a escrita, cultivar a leitura e promover bons produtos textuais de crianças e adolescentes cursando o ensino Fundamental e Médio e de professores que orientam esses alunos. Além da premiação aos vencedores, também será entregue o certificado “Incentivo ao Saber” às escolas participantes.
Para o diretor-presidente do Sistema O Dia de Comunicação, Valmir Miranda, o concurso tem papel importante na formação das crianças e adolescentes.
Parceira do evento, a Fundação Dom Quixote atua na correção das redações, para o presidente, Cássio Gomes, o concurso democratiza o acesso à literatura.
“Certamente o concurso promove o aceso democrático a leitura e não só no eixo Teresina, o que mais estimula essa parceria é estar no Piauí como um todo. A Fundação Quixote apoia com os corretores dos textos que participam de grandes processos como no Enem, mestres e doutores que participam conosco dessa seleção. Mostra como não apenas a rede particular como a rede pública se fortalece nesse processo. Formamos uma geração de leitores e uma geração de escritores. Para nós é algo que nos engrandece muito”, destacou
Como funciona a premiação ?
O concurso Jovens Escritores é composto de cinco categorias, sendo quatro voltadas para estudantes: Ensino Fundamental menor (1º e 2º ano); Ensino Fundamental menor (3º ao 5º ano); Ensino Fundamental maior (6º ao 9º ano) e Ensino Médio (1º ao 3º ano), e uma para Professor orientador.
Sobre as premiações dos estudantes, o 1º lugar receberá 01 (um) notebook; o 2º lugar receberá 01 (uma) bicicleta, e o 3º lugar 01 (um) Smartphone. Já o professor orientador receberá 01 (um) Notebook.
Com a palavra, os vencedores
Vencedor da categoria Ensino Fundamental (1º e 2º Ano), Osmar Mota Neto, de 8 anos usou o amor para vencer o concurso. “Pensei em várias pessoas diferentes e tentei representar o nosso amor por elas. O nosso amor pelas pessoas não muda, e mesmo tempo características diferentes, devemos respeitá-las. Fiquei muito alegre por ficar em primeiro lugar neste ano”, disse o jovem escritor.
Já Allyson de Jesus de 12 anos, estudante do 5º ano, vencedor da categoria ensino fundamental (3º ao 5º Ano), falou sobre os seus sonhos ao fazer a redação vencedora. “Para mim, um mundo melhor seria aquele sem preconceito, sem coisas ruins, como drogas e armas, o meio ambiente seria preservado, sem lixo, e a fome e a miséria seriam banidos”, disse.
Último vencedor do ensino fundamental na categoria (6º ao 9º Ano), o estudante João Vitor Rodrigues, 14 anos, estudante do 9º ano, comemorou a nova experiência. “Participar desse concurso foi algo novo, melhorou meu conhecimento, minha fala e minha escrita. Foi a primeira vez que participei e a inspiração veio de forma natural”.
Padrão Enem no Ensino Médio
Vencedora na categoria Ensino Médio (1º ao 3º Ano), a jovem Maria Eduarda de 17 anos, estudante do 3º Ano, revelou que o Enem serviu como base para a redação vencedora.
“Pesquisei sobre o assunto, para me aprofundar, e procurei redações do Enem para ver como era a abordagem. Busquem também referências em filmes e músicas, e depois escrevi o texto. Não achei muito difícil, porque é um tema de experiência pessoal. Observamos que ao nosso redor isso já acontece” afirmou.
Fechando a lista dos campeões o vencedor da categoria professor orientador, Francisco da Silva Almeida, valorizou a inclusão que o concurso traz.
“Falar sobre representatividade e as minorias no espaço de poder é muito importante, principalmente porque vivemos em um período no qual algumas classes são mais privilegiadas que outras, e não tem como pensar em políticas públicas sem falar de inclusão e desses grupos que precisam serem vistos”, concluiu.