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A sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) foi ocupada pode volta das 6h desta segunda-feira, por artistas do Piauí. As manifestações estão ocorrendo em todo o Brasil, desde que o presidente interino Michel Temer (PMDB) anunciou o fim do Ministério da Cultura.
Fotos: Moura Alves/ODIA
Em Teresina, a ocupação foi planejada no último sábado (21) e, mesmo após o anúncio da volta do Ministério, os artistas decidiram manter o protesto contra o presidente interino. Cerca de 30 pessoas, entre atores, músicos, estudantes e artistas em geral participam do ato.
Os manifestantes se reuniram com o superintendente do Iphan, Fábio Lustosa, que solicitou ao grupo não interromper as atividades do Instituto. “O movimento é solidário à cultura, portanto não tem como ser contra. Abrimos as portas do Instituto e esperamos que a manifestação aconteça pacificamente”, disse Lustosa.
O vocalista da banda Narguilê Hidromecânico, Fábio Crazy, afirma que essa é a 23ª ocupação do Brasil. Teresina era a única capital do Nordeste onde não havia acontecido a manifestação OcupaMinc. "Temer foi colocado no poder de forma golpista. O movimento não é apenas pela cultura, é contra o presidente interino e a favor da democracia. É pelo Prouni, Fies e Bolsa Família", destaca o cantor.
O ator Francisco Pelé, do grupo Harém, diz que as manifestações têm participação da Frente Nacional de Teatro, que orienta a manutenção dos protestos, mesmo com a volta do Ministério da Cultura. "Vamos continuar em defesa do Ministério das Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, em defesa da reforma agrária e da Controladoria Geral da União", afirma o artista.
Os manifestantes convocam outros segmentos da sociedade a participarem do protesto e planejam permanecer no Iphan até que o presidente interino deixe o cargo. Durante todo o dia haverá palestras, aulas de teatro, dança e exibição de filmes. Também serão realizados debates sobre a conjuntura política.