Uma adolescente de 14 anos foi conduzida para a delegacia após mutilar dois filhotes de cachorro na cidade de Francisco Santos, que fica a 355 quilômetros de Teresina. O momento foi registrado em vídeo e o conteúdo divulgado nas redes sociais. As cenas fortes causaram revolta nos moradores da cidade e deixaram impressionados os próprios policiais que estão cuidando do caso.
Em conversa com o PortalODia.com, o delegado que ouviu a adolescente, Rodrigo Moraes, conta que a jovem estava sob efeito de álcool e tinha consumido grande quantidade de entorpecentes, quando praticou o ato. Ele afirma que ela já tem histórico de agressões e tentativas de agressões contra membros da própria família e moradores do município.
“Ela é conhecida a região por ter esse comportamento extremamente agressivo, em decorrência do uso de drogas. Ela já tentou atacar criança, idosos, e até o próprio pai uma vez”, pontua o delegado.
A jovem foi conduzida para a Delegacia de Francisco Santos onde prestou depoimento ao delegado, mas acabou sendo liberada, porque, segundo Rodrigo Moraes, além de se tratar de uma menor, o crime previsto no Artigo 132 do Código Ambiental prevê uma pena muito branda para quem comete este tipo de ato infracional.
"Para você ter ideia, o crime para agressão a um animal doméstico é de apenas um ano de reclusão. No caso de morte do animal, essa pena pode aumentar até um terço e, como se trata de uma adolescente de 14 anos e de uma pena leve até demais, nós tivemos que liberá-la. Seguimos a lei, que, nesses casos, ainda deixa muito a desejar no que diz respeito a punição”, explica o delegado.
A polícia ainda está investigando quem fez o vídeo do momento e o divulgou nas redes sociais. O delegado Rodrigo Moraes lembra que qualquer pessoa que compartilhe o conteúdo estará cometendo um crime, ficando, portanto, sujeito às punições previstas na lei. O delegado acrescenta que está em diligências à procura da pessoa que filmou, e que já repassou o caso à Delegacia de Repressão a Crimes de Alta Tecnologia que deve identificar aqueles que compartilharam o conteúdo.
Com relação à jovem, era foi entregue à seu pai, que é seu responsável legal, mediante assinatura de um termo circunstancial de ocorrência.
Por: Maria Clara Estrêla