É isso o que pretende o advogado Homero Gustavo, que faz a defesa de Chiê. Ele solicitou à Justiça que seu cliente seja submetido a uma avaliação médica, a partir da qual será possível determinar se no dia do crime o acusado sofreu um surto psicótico, supostamente provocado pela mistura de um remédio controlado com drogas, como maconha e cocaína.
"Ele [Clewilson] tomava medicamentos antidepressivos porque era dependente químico. Graças à medicação ele chegou a se afastar das drogas, mas depois de um tempo voltou a consumir e continuou tomando o remédio tarja preta por conta própria. Eu pedi que fosse realizada essa avaliação justamente para que o médico possa dizer se essa mistura de drogas com remédio pode ter resultado num surto no dia do crime", afirma o advogado.
No dia 30 de outubro, Clewilson matou a prórpia esposa, Maria Moreira, e outras quatro pessoas - o estudante Sidney Tavares; o professor de informática Roberto Crisóstomo; o comerciante Cláudio Barros Oliveira; e o líder comunitário Juvêncio dos Reis.
No dia em que foi preso, 6 de novembro do ano passado, Chiê disse que matou a esposa porque teria sido traído. Já as outras vítimas ele teria matado por acreditar que elas pretendiam denunciá-lo à Polícia por tráfico de drogas.
De acordo com o advogado Homero Gustavo, a avaliação psiquiátrica de Clewilson estava agendada para ocorrer no início desta semana. "Primeiro nós vamos aguardar o posicionamento do juiz diante do laudo médico que será produzido. Só depois tomaremos as medidas necessárias para solicitar, se for o caso, a aplicação de uma pena alternativa, que pode ser cumprida no Hospital Areolino de Abreu ou, inclusive, em outros Estados". conclui o advogado.
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