A Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus) informou, por meio de nota, que está atuando, através da Diretoria de Inteligência e Proteção Externa (Dipe) e em conjunto com os agentes de segurança pública, na recaptura dos oito detentos que fugiram do pavilhão H da Casa de Custódia de Teresina, nesta quarta-feira (14).
Após ser detectada a fuga, a gerência da unidade realizou o procedimento padrão de diligência para a recaptura e a recuperação da estrutura danificada pelos fugitivos. Só em 2015, já foram 57 tentativas de fugas abortadas em todo sistema e 50% dos fugitivos foram recapturados.
A Sejus ressalta que está buscando medidas para aumentar o número de vagas nas penitenciárias, dentre elas inauguração em da Casa de Detenção Provisória de Altos, em maio, a retomada da construção da Casa de Detenção de Campo Maior a elaboração de projetos para a construção de novas penitenciárias em Altos, Picos, Corrente e Oeiras.
Atualizada às 08:19
Oito detentos da Casa de Custódia fugiram na manhã desta quarta-feira (14), por volta das 7 horas da manhã. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), eles cavaram um buraco na parede do pavilhão e fugiram por um túnel que dá acesso a parte externa do local.
"Infelizmente esse fato aconteceu. Nós já tivemos várias tentativas de fuga abortadas, mas essa não foi possível evitar. O Pavilhão H, onde os presos estavam lotados, é o último pavilhão da Casa e presos sabem que alí é um ponto de acesso a parte externa", disse Kleiton Holanda.
Ainda segundo o Sindicato, foi registrado somente na semana passada uma superlotação de 900 detentos. A capacidade de abrigo da Custódia é de apenas 300 presos.
"Cada cela abriga em média oito presos. Uma cela que deveria ter apenas dois detentos, está superlotada e dificultando o trabalho dos agentes. As guaritas de visão privilegiada tanto do interior quanto da parte externa estão ocupadas apenas por três militares, onde deveriam ter treze pessoas atuando na fiscalização do local", complementou Holanda.
O Sinpoljuspi ainda alerta as causas para as fugas constantes nas penitenciárias e relata que a Custódia estava fechada para a entrada de presos, pois não há espaço para novos detentos. "As audiências de custódia estão superlotando as casas de detenção, a abertura de novas casas desloca servidores lotados em penitenciárias como a Casa de Custódia, além da falta de agentes para fiscalizar os detentos", disse.
A última fuga em massa registrada no local foi em dezembro de 2014, onde quinze detentos fugiram, entre eles um integrante do PCC.
Edição: Nayara Felizardo