Por volta das 23h30min da noite de ontem (08), o Grupamento de Atendimento Especial à Criança ao Idoso e a Mulher (GAECIM), com sede em Parnaíba, recebeu uma denúncia de que uma jovem estaria acorrentada dentro da própria casa no conjunto João Paulo II. Ao irem verificar a informação, os policiais militares encontraram a adolescente de 14 anos, de inicial C, presa por correntes de aproximadamente dois metros junto à grade da janela do quarto.
Na conversa com os policiais, a menina informou que havia sido acorrentada pela mãe. A mulher, que estava em cada no momento, não negou o relato da filha, mas afirmou que só havia tomado tal atitude porque a adolescente teria problemas com o uso de entorpecentes. “Quando foi questionada pelos policiais sobre essa informação da mãe, se teria mesmo problemas com drogas, a menina negou e disse que a mulher a prendeu para poder entrega-la a um homem. Disse que ela a oferecia para vários homens”, explica o coronel Adriano de Lucena, comandante da PM de Parnaíba e coordenador do GAECIM.
Ele acrescenta ainda que a jovem mencionou o nome de um homem para quem a mãe supostamente a entregaria. “Os policiais checaram essa informação também e fizeram uma busca no sistema, tendo encontrado o nome dele envolvido em um caso de estupro a uma jovem de 13 anos na cidade”, explica o coronel. A adolescente disse aos policiais que estaria presa há duas semanas.
Após o relato da jovem, os policiais a desacorrentaram e acionaram o Conselho Tutelar de Parnaíba, que está acompanhando o caso. A mãe da adolescente foi conduzida para a Central de Flagrantes, onde segue recolhida. O caso está sob investigação da Delegacia Regional de Parnaíba, que deverá ouvir novamente a jovem, bem como as pessoas por ela citadas no relato aos PM’s.
GAECIM
O Grupamento de Atendimento Especial à Criança, Idoso e à Mulher (GAECIM) é uma iniciativa do comando do 2º BPM de Parnaíba, que reúne policiais militares dedicados a atender ocorrências que envolvam grupos sociais considerados vulneráveis. Para tanto, os policiais passam por uma capacitação e seguem protocolos de atendimento especiais para integrar as equipes multidisciplinares envolvidas no atendimento das ocorrências, de modo a agilizar o atendimento das vítimas.
Por: Maria Clara Estrêla