O delegado Ademar Canabrava, do 12º Distrito Policial, comentou hoje novas informações sobre o caso da travesti Pâmella Beatriz, atingida por um tiro na nuca durante o corso. No final da manhã desta quarta-feira (17), um subtenente da Polícia Militar, que não teve o nome divulgado, se apresentou na delegacia para prestar depoimento. Ele seria o dono da arma que disparou contra Pâmella. O disparo foi feito por amigas da travesti, segundo o depoimento delas, de forma acidental.
Pâmela Leão, de 23 anos, foi atingida por tiro de pistola na nuca. (Foto: Reprodução)
O delegado Ademar Canabrava disse que a história contada pelo policial é, no mínimo, estranha. "Ele disse que foi para o Corso sem a arma, que quando saiu de lá a pistola já havia desaparecido", contou o delegado Canabrava.
O subtenente informou ainda que perdeu a arma e esperou dois dias (domingo e segunda-feira) para fazer o boletim de ocorrências na terça-feira. "Provavelmente depois de ver as notícias sobre o caso", comentou o delegado, acrescentando que o policial estava afastado para fazer tratamento psicológico.
"Só por ter perdido a arma, ele já pode passar por um processo administrativo, mas se for comprovado que ele estava no local portando a pistola e que tem alguma participação, então deve ser indiciado criminalmente", disse o delegado Canabrava.
Amanhã (18) o delegado ouvirá mais duas testemunhas, segundo ele, muito importantes para a elucidação do caso. De acordo com o delegado, a acareação entre o PM e as amigas de Pâmella é uma opção no inquérito. "Mas é só a partir dos depoimentos de amanhã é que eu vou saber se realmente será necessário", disse Canabrava.
Ele está aguardando ainda a recuperação da vítima, que também poderá participar de acareação com todos os envolvidos, incluindo o sub-tenente. Pâmella Beatriz continua internada na UTI do Hospital de Urgências de Teresina.
Edição: Nayara FelizardoPor: Andrê Nascimento (Estagiário)