Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Chega a R$ 51 milhões dinheiro atribuído a Geddel, ex-ministro de Lula e Temer

Geddel teria fraudado liberação de créditos da Caixa entre 2011 e 2013, quando era vice-presidente do banco, no Governo Dilma. Ele também foi ministro de Lula e Temer.

06/09/2017 10:10

A Polícia Federal contabilizou cerca de R$ 42,6 milhões e US$ 2,7 milhões (R$ 8,4 milhões) nas malas apreendidas em um apartamento que seria utilizado como "bunker" pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), em Salvador.
Esquema de corrupção na Caixa teria ocorrido, segundo a PF, durante o Governo Dilma, quando Geddel era vice-presidente do banco público (Foto: Divulgação)
Fraudes ocorreram quando Geddel era vice-presidente da Caixa, entre 2011 e 2013, no Governo Dilma 

O trabalho de contagem durou mais de 14 horas e sete máquinas foram utilizadas. A PF diz que é a maior apreensão de dinheiro em espécie da história.

A operação, batizada de Tesouro Perdido, foi deflagrada na manhã desta terça (05) e é desdobramento de outra investigação, sobre fraudes em liberações de empréstimos na Caixa, a Cui Bono.

 

Geddel Vieira Lima foi ministro do Governo Lula entre março de 2007 e março de 2010, e ministro de Temer entre maio e novembro de 2016 (Fotos: Divulgação e Lula Marques)

Ex-ministro de Michel Temer, Geddel cumpre prisão domiciliar. Ele foi preso no dia 3 de julho, mas conseguiu um habeas corpus para cumprir a medida restritiva em sua residência, na capital baiana.

Os valores apreendidos serão depositados em conta judicial.


CUI BONO

A operação apura a atuação de Geddel e outras pessoas na manipulação de créditos e recursos realizada em duas áreas da Caixa Econômica Federal.

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o corretor de valores Lúcio Funaro são também alvos da investigação, que começou no ano passado.

Malas de dinheiro que pertenceriam a Geddel, ex-ministro de Lula e Temer, e vice-presidente da Caixa no Governo Dilma (Foto: Divulgação / Polícia Federal)

Geddel é acusado de ter recebido R$ 20 milhões de propina em troca de aprovação de empréstimos no banco ou de liberação de créditos do FI-FGTS para beneficiar empresas.

Na decisão judicial que autorizou a busca e apreensão no apartamento em Salvador, o juiz Vallisney Oliveira cita que o "bunker" pertence a uma pessoa de nome Silvio Silveira, que teria cedido tal imóvel para que o ex-ministro de Michel Temer pudesse guardar caixas com documentos.

"Ademais, conforme consignado nas informações policiais, foram realizadas pesquisas de campo com moradores do prédio, confirmando a notícia de que uma pessoa teria feito uso do aludido imóvel para guardar 'pertences do pai', tratando-se provavelmente de Geddel, cujo pai faleceu em 10 de janeiro de 2016", afirma o juiz no mandado.

Procurada, a defesa do ex-ministro ainda não se manifestou.

Fonte: Folhapress
Por: Camila Mattoso
Mais sobre: