Em primeiro lugar na votação ficou a promotora Cláudia Seabra, que é titular da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina e coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde. Ela obteve 91 sufrágios.

A promotora Cláudia Seabra foi a mais votada na lista tríplice para escolha do novo Procurador Geral de Justiça do Piauí (Foto: Arquivo O DIA)

Em segundo lugar ficou o promotor Elói Pereira de Sousa Júnior, titular da 48ª Promotoria de Justiça de Teresina, recebendo 78 votos.

Por fim, a lista tríplice foi completada pelo promotor Cleandro Alves de Moura, titular da 36ª Promotoria de Justiça de Teresina e chefe de gabinete da atual procuradora geral de Justiça.

Na apuração dos votos, Cleandro ficou empatado com o promotor Eny Marcos Vieira Pontes, cada um com 70 votos. Além disso, eles se igualaram em três critérios de desempate - foram aprovados no mesmo concurso público, nomeados no mesmo dia para o cargo de promotor de Justiça e também tomaram posse juntos.

Cleandro ficou com a terceira colocação por ter mais tempo de serviço público.

Os promotores Cleando Moura e Eny Pontes, que empataram com 70 votos (Fotos: Jailson Soares / O DIA)

Agora que a lista tríplice já foi formada a partir da votação entre os procuradores e promotores de Justiça do MP-PI, o governador Wellington Dias (PT) terá 15 dias para escolher, dentre os três, quem será o novo procurador geral.

Tradicionalmente, os chefes do Executivo costumam escolher o mais votado na lista. Porém, logo após a apuração dos votos, alguns promotores disseram estar receosos de que, desta vez, a praxe pode não ser respeitada pelo governador.

Em conversa reservada com alguns colegas, uma promotora lembrou que Elói Pereira, segundo colocado na votação, tem uma forte proximidade com o deputado federal Assis Carvalho (PT), correligionário de Wellington Dias - o que, eventualmente, pode influenciar na escolha.

O promotor Paulo Rebouças, presidente da Associação Piauiense do Ministério Público, diz confiar que a tradição será respeitada pelo governador. "A Cláudia teve expressiva votação, e hoje se coloca como um quadro do Ministério Público de alta credibilidade. É extremamente respeitada. Então, a gente imagina que o governador vai seguir a ordem natural das coisas, seguir a tradição que foi observada pelo seu partido, pelos ex-governadores e por ele próprio [nos dois primeiros mandatos, de 2003 a 2010], e indicar a mais votada na lista tríplice", afirma Rebouças. 

O promotor de Justiça Paulo Rebouças, presidente da Associação Piauiense do Ministério Público

79 votos em branco e 20 nulos

Na votação desta sexta-feira, o procurador Luís Francisco Ribeiro ficou em quinto lugar, com 64 votos. Ele é titular da 9ª Procuradoria de Justiça Criminal e membro do Conselho Superior do Ministério Público.

O promotor Maurício Gomes de Souza ficou em sexto, com 26 sufrágios. Ele é titular da 3ª Promotoria de Justiça de Campo Maior e coordenador do Núcleo das Promotorias de Justiça na cidade.

Votação para lista tríplice iniciou às 9 horas e foi encerrada às 15 horas desta sexta-feira (Fotos: Jailson Soares / O DIA)

Houve, ainda, 20 votos nulos e 79 votos em branco. Isso, no entanto, não significa que 79 membros do MP-PI deixaram de votar. Na realidade, cada um tem direito de escolher três nomes dentre os candidatos ao cargo de PGJ. O que acontece é que alguns dos membros assinalaram apenas um ou dois nomes.

Todos os 166 membros ativos do Ministério Público compareceram à votação, que foi iniciada ás 9 horas desta sexta-feira. Segundo o MP-PI, o pleito transcorreu de forma tranquila, sem nenhum incidente. 

A votação foi feita através de urna eletrônica cedida pelo Tribunal Regional Eleitoral, que capacitou os membros da comissão eleitoral para o manuseio do equipamento.

 O procurador de Justiça Antônio de Pádua Ferreira Linhares, presidente da comissão eleitoral, comemorou o comparecimento de 100% dos membros do MP-PI.

O Procurador Geral é o chefe máximo do Ministério Público, e tem mandato de dois anos, podendo ser reconduzido uma vez por período igual, após nova eleição.

Por: Cícero Portela e João Magalhães