O advogado piauiense José Norberto Campelo, que foi membro do Conselho Nacional de Justiça de 2015 até setembro deste ano, avalia a possibilidade de se filiar ao Podemos, e também esteve presente no encontro regional da sigla, iniciado na manhã desta segunda-feira (2), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi), em Teresina.
Norberto Campelo, ex-membro do Conselho Nacional de Justiça (Foto: Jailson Soares / O DIA)
O advogado admitiu que colocou seu nome à disposição para se candidatar ao cargo de governador do Estado em 2018. "Neste momento, não é possível afirmar isso [se será candidato], porque eu acho que ninguém é candidato de si mesmo. Isso é uma conjuntura. Agora, eu já deixei muito claro que pus o meu nome à disposição para essa discussão, e, se as condições necessárias forem reunidas, não fugirei dessa responsabilidade. Aceito como uma missão, como um desafio. Se, eventualmente, eu puder dar uma contribuição ao nosso país e ao nosso estado, também na política, não me furtarei", afirmou Norberto.
Seguindo a posição das principais lideranças do Podemos presentes no encontro regional, Norberto também aproveitou a oportunidade para fazer críticas à gestão do PT no Governo do Estado.
"Eu acho que nesse momento o nosso estado precisa de oposição. Esse é o primeiro ponto. Aqueles que não concordam com um modelo de gestão clientelista e que faz política com recursos públicos têm que procurar dialogar com quem pensa diferente, com quem acha que a gestão deve ser mais voltada, de fato, para os reais interesses da sociedade. E eu acredito que é importante que partidos novos tenham essa concepção. Eu acho que não dá mais pra gente permitir que, no Piauí, a gente viva exclusivamente de fazer política, deixando a gestão pública para um segundo plano [...] Pessoalmente, tenho o maior respeito pelo governador, mas eu não aprovo e não concordo com o modelo de gestão que é implantado hoje no estado. Eu acho que nós temos que ter um modelo diferente, um modelo mais austero, mais voltado para os reais interesses da sociedade. E a forma como o estado hoje é gerido não combina com nada daquilo que eu acredito na administração pública", destacou Norberto.
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O advogado ainda opinou que a participação popular na política é imprescindível para que a sociedade consiga expurgar os corruptos do poder.
"No momento atual que o país vive, todos os cidadãos estão sendo convocados para dar sua cota de colaboração na política. Nós não podemos nos distanciar da política. Nós temos, na verdade, é que nos aproximar, porque a gente sabe que tudo acontece através da política. E não podemos, obviamente, deixar que as coisas continuem acontecendo no Brasil da forma como nós temos visto", salientou Norberto.
Por: CÃcero Portela e Ithyara Borges