Sobrou para o governador Wellington Dias (PT) decidir sobre
a tramitação da PEC estadual. Após a pressão dos servidores, uma comissão se reuniu
com deputados e com o presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Filho,
que decidiu adiar a votação até o retorno do governador. Ele viajou para a
Europa e chega na próxima sexta-feira (23).
Segundo o deputado Firmino Paulo (PSDB), nem o orçamento estadual e nem a PEC serão votados em plenário. As duas propostas já foram aprovadas nas comissões. “O cenário mudou. Vamos esperar o governador para saber se ele mantém ou retira a proposta de tramitação na Casa”, disse o deputado.
Foto: Moura Alves/ODIA
O cabo Agnaldo Oliveira, presidente da Associação de Cabos e Soldados do Piauí, participou da reunião e afirmou que o presidente da Alepi, Themístocles Filho teria dito que a Casa não vai resolver algo referente ao Governo do Estado. “Está tudo suspenso até o governador conversar com as categorias, o que deve acontecer segunda-feira. Estamos satisfeitos, mas temos que policiar para evitar um golpe”, destacou o policial.
O deputado Firmino Paulo apresentou uma emenda propondo a retirada da Segurança Pública dos efeitos da PEC, mas o relator Aluisio Martins (PT) já teria recusado a proposta. As demais categorias temem que o movimento perca força e que a repressão às manifestações aumente, caso os policiais militares sejam beneficiados com emendas e fiquem de fora da PEC.
O secretário de Administração e Previdência, Franzé Silva, criticou os protestos do servidores. “Se existir alguma reivindicação, ela deveria ser colocada de forma calma e serena. A relação entre governo e servidores seria melhor e o resultado mais proveitoso”, defendeu.
O deputado Dr. Pessoa (PSD) declarou que é contrário à PEC. “Querem fazer um remendo tirando do povo. Por que não começa retirando os excessos dos senadores, dos deputados ou dos governadores?”, questiona o parlamentar.
Com o adiamento da votação da PEC e também do Orçamento do Estado para 2017, os deputados não poderão entrar em recesso. As decisões deverão ser tomadas somente na próxima semana.
Por: Nayara Felizardo e Ithyara Borges