A Secretaria de Estado da Saúde deve publicar, amanhã (9), o edital de licitação para construção da Maternidade de Referência Estadual do Piauí. A estrutura será a maior existente para os cuidados à saúde materno e infantil no Estado e se tornará referência no atendimento de média e alta complexidade.
Orçada em aproximadamente R$ 80 milhões, tendo a maior parte dos recursos já garantida, a obra da maternidade deve ficar pronta em dois anos, afirma o secretário de Saúde Francisco Costa. “Com o lançamento do edital, esperamos que o processo tenha celeridade e num intervalo de aproximadamente dois anos, que é tempo previsto no cronograma, possamos construir essa importante maternidade, com uma estrutura mais digna tanto aos trabalhadores como para as mulheres e mães que precisam desse acompanhamento”.
Costa anuncia ainda que a estrutura da nova maternidade vai mais que dobrar a capacidade de atendimento em unidade de tratamento intensivo. Somente em UTI adulta, serão 20 unidades, assim como 20 leitos de UTI neonatal. Além desses, 45 leitos de Cuidados Intermediários e 20 de leitos Intermediários Canguru, que é um espaço para acolhimento de mãe e bebê. Portanto, serão 105 leitos para tratamento intensivo.
O espaço de acolhimento para um parto humanizado e melhores cuidados com mães e bebês conta ainda com a Casa de Gestante, Bebê e Puérpera. "Uma estrutura o mais próximo possível de uma casa comum, que visa garantir a permanência de gestantes e puérperas de risco que exigem vigilância constante em ambiente não hospitalar, que não podem retornar ao domicílio, ou de mães que têm bebês internados na UTI, UCI ou na Unidade Canguru. Ou seja, uma estrutura que dá mais assistência aos cuidados com a mãe e bebê, permitindo que a mãe fique o mais próximo do seu filho”, explica.
A nova maternidade teve projeto inicial elaborado no segundo governo de Wellington Dias, na gestão do deputado federal Assis Carvalho, que garantiu parte dos recursos, e ainda por emenda da deputada federal Iracema Portela. À época, a maternidade seria construída nas imediações da Maternidade Dona Evangelina Rosa.
No governo seguinte, entre 2011 e 2014, o projeto foi reformulado, onerando os custos iniciais, inclusive com mudança no local de construção. Por recomendação do Tribunal de Contas da União, a licitação foi cancelada.
A retomada do projeto se deu logo em 2015, quando a Secretaria de Saúde apresentou as adequações necessárias ao Ministério da Saúde e Caixa. A nova maternidade será construída no espaço onde atualmente funciona o Clube Tigrão, na zona leste de Teresina.
Unidade de Pronto Atendimento
Duas salas de admissão
Seis leitos de observação
Seis consultórios de admissão, sendo dois deles com estrutura para instalação de aparelho de ultrassonografia e cardiotocografia
Unidade/Serviço de Atenção à Mulher Vítima de Violência de Gênero
Unidade de Internação de Baixa e Alta Complexidade
Dois Centros de Parto Normal - 10 leitos de parto, pós-parto
Enfermarias de Alojamento conjunto (mãe e bebê): 90 leitos
Enfermarias de Gravidez de Alto Risco: 60 leitos
UTI Adulto: 20 leitos
UTI Neonatal: 30 leitos
Unidade de Cuidados Intermediários Convencionais (UCINCO): 45 leitos
Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCA): 20 leitos
Centro Cirúrgico Pediátrico/Neonatal: 04 salas
Centro Cirúrgico Obstétrico: 04 Salas
Centro Obstétrico: 06 Salas
Unidade de Medicina Fetal
Dotada de estrutura para ultrassonografia, cardiotocografia, estrutura cirúrgica básica para procedimentos de baixa complexidade
Fonte: Da Redação