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Caixa altera regras para o financiamento de imóveis; veja o que mudou

A Caixa Econômica Federal anunciou mudanças nas regras de financiamento de imóveis, que entrarão em vigor a partir de 1º de novembro. As novas normas visam limitar o crédito concedido pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que utiliza recursos da caderneta de poupança para financiar imóveis. Dentre as alterações, se destaca o aumento do valor de entrada para os compradores, além da redução do percentual de financiamento.

Tânia Rêgo/Agência Brasil
Caixa altera regras para o financiamento de imóveis; veja o que mudou

As principais mudanças nos financiamentos da Caixa se referem ao aumento da entrada e à redução da porcentagem financiada do imóvel. Para contratos no Sistema de Amortização Constante (SAC), em que as prestações diminuem ao longo do tempo, o banco elevará a entrada de 20% para 30% do valor total do imóvel. Já no sistema Price, em que as parcelas são fixas, a entrada exigida subirá de 30% para 50%.

Além disso, a Caixa só concederá crédito a quem não tiver outro financiamento habitacional ativo com o banco. O limite máximo de avaliação dos imóveis financiados com recursos do SBPE será de R$ 1,5 milhão, em todas as modalidades. Anteriormente, esse teto era aplicado apenas às linhas do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), enquanto as do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não tinham um limite definido.

Como era e como será o financiamento da Caixa Econômica

Antes das mudanças, a Caixa permitia o financiamento de até 80% do valor do imóvel pelo sistema SAC, e até 70% no sistema Price. Agora, com as novas regras, o financiamento será limitado a 70% e 50%, respectivamente. Outra alteração é o limite de valor dos imóveis financiados pelo SBPE, que será de R$ 1,5 milhão. Até então, os clientes que utilizavam o SBPE podiam financiar imóveis sem essa restrição, e era permitido ter mais de um financiamento ativo junto ao banco.

Justificativas e contexto

Segundo a Caixa, a decisão de reduzir o crédito para financiamento de imóveis se deve ao aumento dos saques da caderneta de poupança, que impactam diretamente a disponibilidade de recursos para empréstimos habitacionais. Dados do Banco Central apontam que, em setembro, a poupança registrou saques líquidos de R$ 7,1 bilhões, o maior volume do ano e o terceiro mês consecutivo de retiradas. Além disso, houve uma alta demanda por financiamentos imobiliários, com 627 mil imóveis financiados pela Caixa até setembro de 2024, o que corresponde a um volume de R$ 175 bilhões, um crescimento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023.

Outro fator que motivou as mudanças foi a maior procura por financiamentos pela Caixa em meio ao aumento das taxas de juros nos bancos privados. A alta dos juros tornou as linhas da Caixa, que mantêm taxas mais acessíveis, uma opção mais atraente para os consumidores.

Com informações da Agência Brasil


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