A meio-campista da seleção brasileira feminina de futebol, Luana Bertolucci, anunciou nesta segunda-feira (29) que foi diagnosticada com Linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático. Em um comunicado compartilhado em suas redes sociais, a jogadora de 30 anos revelou que o diagnóstico veio após uma série de exames detalhados e que agora iniciará o tratamento de quimioterapia no Orlando Health Cancer Institute.
"Como atleta profissional, enfrentei muitos desafios dentro e fora de campo. Sempre encarei tudo com coragem e determinação, e dessa vez não será diferente", disse Luana em seu Instagram. Ela agradeceu o apoio da família, amigos, seleção brasileira e Orlando Pride, time pelo qual joga nos Estados Unidos, onde também recebeu mensagens de solidariedade de vários outros times da América do Norte.
Luana Bertolucci, que anteriormente jogou pelo Corinthians, se juntou ao Orlando Pride em dezembro do ano passado, compartilhando o campo com a renomada atacante Marta. Em sua primeira temporada no novo clube, Luana participou de apenas três partidas antes do diagnóstico. O clube expressou seu apoio à jogadora em publicações nas redes sociais.
A gerente-geral do Orlando Pride, Haley Carter, enfatizou o apoio da equipe à Luana, afirmando que todos estarão ao seu lado durante todo o processo de tratamento. Luana, que representou o Brasil em duas Copas do Mundo, foi convocada pela última vez em 15 de março para disputar o torneio SheBelieves, nos Estados Unidos. No entanto, foi cortada da equipe 19 dias depois por motivos pessoais, sendo substituída por Julia Bianchi.
O que é o Linfoma de Hodgkin?
O Linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que se desenvolve no sistema linfático, uma parte importante do sistema imunológico do corpo. Ele é caracterizado pela presença de células anormais chamadas células de Reed-Sternberg, que se acumulam nos gânglios linfáticos, causando inchaço e outros sintomas.
Como é feito o diagnóstico do Linfoma de Hodgkin?
O diagnóstico do Linfoma de Hodgkin geralmente começa com exames físicos e análise dos sintomas do paciente, seguidos por exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), e biópsia dos gânglios linfáticos afetados para confirmar a presença de células cancerosas.
Sintomas
Os sintomas do Linfoma de Hodgkin podem variar de acordo com o estágio da doença e a localização dos gânglios linfáticos afetados. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
1. Inchaço dos gânglios linfáticos: Um dos sintomas mais característicos do Linfoma de Hodgkin é o inchaço dos gânglios linfáticos, geralmente no pescoço, axilas ou virilha. Esses gânglios podem aumentar de tamanho e serem indolores ou sensíveis ao toque.
2. Fadiga: Uma sensação persistente de cansaço ou fraqueza que não melhora com o repouso é comum em pacientes com Linfoma de Hodgkin.
3. Febre: Febre persistente, muitas vezes com calafrios, é outro sintoma comum da doença. A febre pode ser intermitente e geralmente não está associada a infecções.
4. Suores noturnos: Suores noturnos excessivos, que podem ser profusos e interferir no sono, são frequentemente relatados por pacientes com Linfoma de Hodgkin.
5. Perda de peso inexplicada: Muitos pacientes experimentam uma perda de peso significativa sem tentar, o que pode ser um sinal de que o câncer está consumindo energia do corpo.
6. Coceira na pele: Algumas pessoas com Linfoma de Hodgkin desenvolvem uma coceira persistente na pele, muitas vezes sem uma causa óbvia.
7. Dor no corpo: Dor nos gânglios linfáticos afetados ou dor generalizada no corpo pode ocorrer em alguns casos.
Tratamento
O tratamento para o Linfoma de Hodgkin depende do estágio da doença e pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e, em casos mais avançados, transplante de células-tronco. A quimioterapia é frequentemente o principal método de tratamento e envolve o uso de medicamentos para destruir as células cancerosas. A radioterapia usa feixes de radiação de alta energia para atacar e destruir as células cancerosas em áreas específicas do corpo. A imunoterapia é uma abordagem mais recente que utiliza medicamentos para ajudar o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células cancerosas.
O prognóstico para o Linfoma de Hodgkin geralmente é positivo, especialmente quando diagnosticado precocemente e tratado adequadamente. Muitos pacientes respondem bem ao tratamento e podem alcançar a remissão completa da doença. O apoio médico, emocional e social é fundamental para ajudar os pacientes a enfrentar o desafio do tratamento e alcançar uma recuperação bem-sucedida.
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