A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, voltou a ser uma preocupação global após o aumento significativo dos casos na África, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma nova emergência de saúde pública internacional. A doença, que é uma infecção viral transmitida de animais para humanos, também pode ser transmitida entre pessoas através do contato direto com lesões, fluidos corporais ou materiais contaminados.
Atualmente, já existem vacinas disponíveis contra a mpox. Atualmente, duas vacinas foram aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater a doença:
1. Jynneos: Produzida pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, esta vacina utiliza um vírus atenuado, o que significa que o vírus foi enfraquecido para não causar a doença. Ela é indicada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV.
2. ACAM 2000: Desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Emergent BioSolutions, esta vacina é composta por um vírus ativo. Apesar de ser eficaz, possui mais contraindicações e efeitos colaterais em comparação com a Jynneos, tornando-a uma opção menos segura.
No Brasil, o Ministério da Saúde está em processo de negociação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para adquirir 25 mil doses da vacina Jynneos. Desde 2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso provisório deste imunizante, e o país já recebeu cerca de 47 mil doses, das quais 29 mil foram aplicadas.
Vacina nacional está em fase de estudo
Há dois anos, o Brasil tem trabalhado no desenvolvimento de uma vacina nacional para combater a doença. O Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está à frente desse projeto, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A iniciativa é uma prioridade dentro da Rede Vírus, um comitê de especialistas criado para desenvolver diagnósticos, tratamentos e vacinas para vírus emergentes no país.
O processo de desenvolvimento da vacina brasileira contra a mpox começou em 2022, quando o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos doou à UFMG o material conhecido como "semente do vírus" da mpox. Esse material é essencial para a criação do insumo farmacêutico ativo (IFA), que serve como base para a produção da vacina.
Atualmente, a pesquisa está na fase de estudos para aumentar a produção e garantir que a matéria-prima seja obtida em quantidade suficiente para atender a uma demanda em larga escala. A vacina em desenvolvimento no Brasil utiliza um vírus semelhante ao da mpox, que foi atenuado por meio de passagens em um hospedeiro diferente, até que perdesse completamente a capacidade de se multiplicar em mamíferos, como os seres humanos.
O que é a mpox?
A mpox é uma doença viral zoonótica, transmitida de animais para humanos, mas que também pode ser propagada entre pessoas. A infecção geralmente ocorre através do contato direto com lesões cutâneas, fluidos corporais ou objetos contaminados por alguém infectado.
Os principais sintomas incluem:
- Erupções cutâneas, que podem evoluir para lesões com líquido e, posteriormente, formar crostas.
- Inchaço dos linfonodos (ínguas).
- Febre.
- Dores no corpo e dor de cabeça.
- Calafrios.
- Fraqueza e fadiga.
As erupções geralmente aparecem no rosto, nas palmas das mãos e nas solas dos pés, mas podem se espalhar para outras partes do corpo, incluindo a boca, os olhos, os órgãos genitais e o ânus.
Prevenção e tratamento
Para prevenir a mpox, é importante evitar o contato com animais selvagens que possam estar infectados, manter a higiene das mãos e evitar o contato próximo com pessoas que apresentem sintomas. Embora não exista um tratamento específico para a mpox, a maioria dos pacientes se recupera em poucas semanas. O tratamento geralmente envolve o controle dos sintomas, como febre e dor, além de cuidados médicos adequados para evitar complicações.
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