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O uso do celular em sala de aula pode ser prejudicial? Especialista explica

No Brasil, o uso de celulares no cotidiano é muito comum e abrange todas as faixas etárias. Os celulares são utilizados para uma ampla gama de atividades, desde comunicação básica até acesso a redes sociais, compras online, serviços bancários, entretenimento e até mesmo para trabalho e estudos.

No entanto, há preocupações crescentes com questões como vício em tecnologia e as distrações que essa ferramenta poderá trazer para na rotina de crianças e adolescentes.

Antonio Cruz/Agência Brasil
O uso do celular em sala de aula pode ser prejudicial? Especialista explica

No contexto pós-pandemia, o uso do celular continuou a aumentar em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil. Durante a pandemia, as pessoas se voltaram ainda mais para seus dispositivos móveis para se manterem conectadas com amigos e familiares, trabalharem remotamente, acessarem serviços online e se entreterem enquanto estavam em casa. Esse aumento no uso do celular persistiu após a pandemia devido à continuação do trabalho remoto e aumento da demanda de atividades online. Esse cenário também aponta para preocupações crescentes com os impactos negativos do uso excessivo de dispositivos móveis, incluindo questões de saúde mental, retenção de conteúdo nos estudos e

produtividade.

Em 2023, o portal EletronicsHub fez um levantamento de que o Brasil é o segundo país do mundo em que a população está imersa no uso dos celulares. A pesquisa aponta que o brasileiro passa 56,61% do seu tempo exposto à telas. Essa tendência reflete o papel central que os dispositivos móveis desempenham na vida cotidiana das pessoas no Brasil, não apenas como ferramentas de comunicação, mas também como fonte principal de entretenimento.

Reprodução
O uso do celular em sala de aula pode ser prejudicial? Especialista explica

A neuroeducadora Andrea Kiss explica que o uso do celular nos estudos pode ser uma distração significativa se não for gerenciado adequadamente. Quando não usado com moderação, o celular pode interromper o foco e a produtividade, levando a distrações frequentes e a uma redução na qualidade de vida e socialização.

“O adolescente que está muito tempo exposto à telas não vai se exercitar, não vai querer comer ou socializar”, explica a neuroeducadora.

A especialista relata que o celular também pode ser uma ferramenta útil quando utilizado de forma consciente e controlada. Aplicativos de produtividade, como calendários, aplicativos de notas e gerenciadores de tarefas, podem ajudar a organizar os estudos.

“A escola faz uma relação pedagógica relacionada a isso. Utiliza-se o letramento digital que é a utilização das ferramentas dos aparelhos para relacionar à sociedade em que vivemos. A solução não é tirar a ferramenta do adolescente. É ensiná-lo a usar a ferramenta em favor do cotidiano dele” relata.

Portanto, a chave está em estabelecer limites claros para o uso do celular, minimizando distrações durante períodos de estudo intensivo, e reservando momentos específicos para verificar e responder a mensagens ou acessar mídias sociais.