Kawara Welch Ramos de Medeiros, de 23 anos, foi presa por stalking após perseguir um médico e sua família por cinco anos. A jovem fez mais de 500 ligações em um único dia e enviou 1.300 mensagens ao profissional, que não quis ser identificado. Ela cadastrou mais de 2 mil números de telefone para continuar o contato após ser bloqueada repetidamente.
O caso começou em 2018, quando Kawara foi atendida pelo médico em Ituiutaba. Desde então, ela passou a procurar o profissional insistentemente. Além de ligações e mensagens, a jovem também perseguia o médico em seu local de trabalho, em sua residência e até em eventos profissionais. Ela alegava ter um relacionamento com o médico, que nega qualquer envolvimento.
Em 2023, Kawara agrediu a esposa do médico, roubou seu celular e a chave do carro, o que resultou em sua prisão em flagrante. Apesar de ser liberada após pagar fiança e cumprir medidas cautelares, ela descumpriu as ordens judiciais e ficou foragida até ser presa em 2 de maio de 2024, em Uberlândia.
A defesa de Kawara afirma que ela e o médico mantinham um relacionamento amoroso, e apresentou prints e testemunhas como provas. O advogado do médico, no entanto, assegura que nunca houve qualquer relação entre eles, e mesmo se houvesse, não justificaria as ações de Kawara.
Quem é Kawara Welchw?
Kawara Welch se apresentava nas redes sociais como modelo e artista plástica. Em seu perfil no Instagram, ela compartilhava quadros de sua autoria, predominantemente com temas de paisagens, flores e corações, além de fotos com familiares e amigos, sempre exibindo um sorriso. Atualmente, conforme reportagem exibida pelo Fantástico no domingo (19), ela estava cursando nutrição em Uberlândia.
Stalking é crime no Brasil
O stalking foi criminalizado no Brasil em abril de 2021. A prática, que inclui perseguição física e psicológica, pode resultar em uma pena de seis meses a dois anos de reclusão, podendo ser agravada se a vítima for mulher ou menor de idade.
“O crime de stalking é definido como perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”, diz Artigo 147-A do Código Penal.
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