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Reajuste Federal: Com 50 mil trabalhadores parados, servidores buscam aumento salarial

Com mais 50 mil servidores federais em greve o governo enfrenta dificuldades para negociar o reajuste salarial dos trabalhadores de repartições nacionais. Até o momento 16 carreiras decidiram paralisar as atividades em protesto contra o baixo percentual proposto pelo governo Lula. Os trabalhadores marcaram para o próximo dia 03 de abril o Dia Nacional de Mobilização com manifestos e paralisações.

No Piauí técnicos-administrativos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) iniciaram no último 18 de março uma greve por tempo indeterminado. O movimento é realizado em conjunto com servidores técnico-administrativos em educação das universidades federais do Brasil que também iniciaram as greves em diversas instituições. O objetivo dos servidores é pressionar o governo por um reajuste do salário para o ano de 2024 e melhorias nos planos de carreira.

A estratégia do governo Lula é conceder um reajuste de salário do servidor de forma nominal a determinadas categorias, proposta que não agrada os trabalhadores que negociam um reajuste linear do salário para todas as categorias pelos próximos três anos.

Em dezembro a União formalizou uma proposta de reajuste para as carreiras. A proposta inclui a reestruturação de carreiras e o reajuste do salário de 9% em duas parcelas, uma em 2025 e outra em 2026. Na prática a proposta apenas corrigiria a perda inflacionário de 2023.

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Brasília

De acordo com a Fórum Nacional Permanente de Carreiras Tipicas do Estado (Fonacate) duas contrapropostas foram apresentadas aos representantes do ministério, a primeira um reajuste de 34,32% dividido em três parcelas iguais de 10,34%, em 2024, 2025 e 2026, para o servidor que em 2015 firmaram acordos por dois anos (2016 e 2017). A segunda um reajuste de 22,71% dividido em três parcelas iguais de 7,06%, em 2024, 2025 e 2026, para os servidores que em 2015 fecharam acordos salariais por quatro anos (2016 a 2019).

Os servidores públicos federais defendem fortemente as negociações com o governo federal em torno da contraproposta entregue em janeiro ao secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, referente à recomposição remuneratória, com reajuste para aqueles que firmaram acordo por quatro anos (2016 e 2019): uma correção de 22,71% dividida em três

Na última reunião com a Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), em 28 de fevereiro, o secretário manteve a proposta que prevê a recomposição de 9% entre 2025 e 2026 e reajuste zero este ano. Feijóo ainda informou que qualquer outra proposta depende do aumento na arrecadação.