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Saiba quem é Gabriel Galípolo, indicado por Lula para presidência do Banco Central

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC). O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante uma coletiva no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (28).

Lula Marques/ Agência Brasil
Gabriel Galípolo é indicado por Lula para presidência do Banco Central

A indicação de Galípolo, que atualmente ocupa a Diretoria de Política Monetária do BC, foi bem recebida pelo mercado financeiro, que já aguardava o anúncio. O economista tem um histórico de atuação alinhado com práticas econômicas e de sustentabilidade, e é conhecido por seu trabalho com parcerias público-privadas e concessões.

“É uma honra, um prazer e uma responsabilidade imensa ser indicado à presidência do Banco Central do Brasil pelo ministro Fernando Haddad e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva", disse Galípolo após o anúncio da indicação.

Antes de assumir o cargo oficialmente, Galípolo precisará ser aprovado pelo Senado Federal. A aprovação envolve uma sabatina pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, posteriormente, uma votação secreta no plenário. Se aprovado, ele substituirá Roberto Campos Neto, cujo mandato como presidente do BC termina em 31 de dezembro deste ano.

Quem é Gabriel Galípolo?

Gabriel Galípolo, de 42 anos, é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Antes de sua atuação no Banco Central, Galípolo teve uma carreira diversificada. 

De 2006 a 2012, Galípolo atuou como professor na PUC-SP, onde lecionou disciplinas como Economia Brasileira Contemporânea, Macroeconomia e Economia para Relações Internacionais. Em 2009, fundou a Galípolo Consultoria, que se destacou em projetos de parceria público-privada e concessões.

Entre 2017 e 2021, ele foi presidente do Banco Fator, uma instituição com tradição em privatizações e parcerias público-privadas. Durante seu tempo no Banco Fator, Galípolo liderou estudos importantes para a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Além disso, foi diretor de Estruturação de Projetos na Secretaria de Economia e Planejamento do estado de São Paulo e chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos.

Governo Lula

Durante a transição para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Gabriel Galípolo defendeu uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) reduzida, com um valor estimado de cerca de R$ 130 bilhões, detalhando como os recursos seriam alocados para diferentes áreas. Ele apoiou um modelo fiscal que estabelece uma regra de controle de gastos, permitindo que esses valores cresçam em linha com o PIB, sem expandir excessivamente o tamanho do estado na economia. 

Galípolo também teve uma participação ativa nos debates sobre política econômica e se destacou por sua proximidade com Lula e outros economistas alinhados ao Partido dos Trabalhadores. Sua interação com o presidente surgiu após uma live com Lula, onde apresentou uma visão equilibrada sobre a relação entre o mercado financeiro e a política.

Em 2023, Galípolo assumiu o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda e, posteriormente, tornou-se diretor de Política Monetária do Banco Central, cargo que ocupa atualmente.

Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Banco Central do Brasil

O que faz o presidente do Banco Central?

O presidente do Banco Central é responsável por controlar a inflação, ajustando as taxas de juros e gerenciando a oferta de dinheiro na economia para garantir que o poder de compra da moeda seja mantido e o crescimento econômico seja sustentável. Além disso, o presidente supervisiona a estabilidade do sistema financeiro, regulando e monitorando instituições financeiras para prevenir crises e assegurar práticas prudenciais.

Outra função importante do presidente é a gestão das reservas internacionais e a emissão de moeda, garantindo que a quantidade de dinheiro em circulação seja adequada às necessidades econômicas. Ele também participa da formulação de políticas econômicas mais amplas e comunica de forma clara as decisões do Banco Central ao mercado e ao público, ajudando a gerenciar as expectativas econômicas e promover um ambiente financeiro estável e saudável.


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