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Síndrome de Tarzan: por que tantas pessoas evitam a solidão?

Nos dias de hoje, em um cenário em que as relações humanas são cada vez mais rápidas e fluidas, é comum observar pessoas que passam de um relacionamento para outro sem grandes intervalos. Esse comportamento é frequentemente descrito como "Síndrome de Tarzan", um termo popular que se refere à tendência de iniciar novos relacionamentos sem dar tempo para processar emocionalmente o término do anterior. Vale ressaltar, a Síndrome de Tarzan não é uma patologia ou mesmo um termo clínico, ela descreve um comportamento que tem se tornado cada vez mais comum na sociedade contemporânea e que pode afetar a qualidade das relações.

O nome faz alusão ao personagem Tarzan, que se balança de um cipó a outro sem nunca soltar um antes de segurar o próximo. Da mesma forma, indivíduos que exibem esse padrão de comportamento buscam novas conexões amorosas sem encerrar emocionalmente o ciclo do relacionamento anterior.

Reprodução/Freepik
Síndrome de Tarzan: por que tantas pessoas evitam a solidão?

Características da "Síndrome de Tarzan"

Esse comportamento se caracteriza por alguns aspectos específicos. A dificuldade em lidar com a solidão é uma delas: pessoas com esse perfil costumam evitar ficar sozinhas e procuram imediatamente a companhia de outros para preencher o vazio emocional deixado pelo término. Além disso, há uma busca por validação, o que muitas vezes leva à escolha impulsiva de novos parceiros, sem muita reflexão sobre a qualidade da relação.

Outro traço comum é a superficialidade nos vínculos. Ao iniciar novos relacionamentos sem resolver questões do passado, essas pessoas tendem a ter dificuldade em criar conexões profundas e significativas. Como resultado, seus relacionamentos são frequentemente instáveis e de curta duração, formando um ciclo repetitivo de novos envolvimentos.

Consequências desse comportamento

A "Síndrome de Tarzan" pode trazer algumas consequências negativas para a vida da pessoa que se identifica com esse comportamento. Por exemplo, a falta de tempo para processar o fim de um relacionamento pode resultar em um acúmulo de sofrimento emocional, impactando o bem-estar mental e dificultando a recuperação. Além disso, a busca constante por novas relações pode impedir a construção de vínculos duradouros, já que o foco está mais na necessidade imediata de companhia do que na qualidade do relacionamento.

Outro efeito é a dificuldade em alcançar uma sensação de felicidade e satisfação nos relacionamentos, uma vez que a pessoa não dedica tempo suficiente para se conhecer melhor e entender o que realmente deseja em um parceiro.

Como lidar com esse padrão

Para quem reconhece esse comportamento em si, o primeiro passo é identificar o padrão e os impactos que ele pode ter na vida pessoal. Buscar a ajuda de um profissional, como um terapeuta, pode ser importante para entender as causas dessa tendência e desenvolver maneiras mais saudáveis de lidar com os próprios sentimentos e relacionamentos.

Além disso, é essencial dar tempo para si mesmo após o término de um relacionamento. Esse espaço para refletir e sentir as emoções é parte fundamental do processo de cura. Fortalecer a autoestima também pode ajudar, já que pessoas com uma base emocional mais sólida tendem a depender menos da validação externa. E, por fim, aprender a lidar com a solidão é um passo importante para criar relacionamentos mais equilibrados e significativos.


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