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Polícia Federal prende ex-ministro Braga Netto em investigação do golpe

Na manhã deste sábado (14), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de prisão preventiva contra Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa no governo Bolsonaro. A operação está relacionada ao inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado no Brasil após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Braga Netto foi preso em sua residência, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. Após a detenção, ele foi encaminhado para o Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia. Além do mandado de prisão, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão na investigação.

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Polícia Federal prende ex-ministro Braga Netto em investigação do golpe

O inquérito que apura a tentativa de golpe em 2022 resultou no indiciamento de 37 pessoas, incluindo Bolsonaro, ministros do governo anterior e oficiais das Forças Armadas. As investigações apontam que Braga Netto atuou diretamente para organizar e financiar as ações golpistas, além de ser responsável pela mobilização de militares para apoiar as manifestações que visavam reverter o resultado das eleições.

A operação deste sábado, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu um mandado de prisão preventiva contra Braga Netto, dois mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão. A Polícia Federal (PF) apurou ainda que uma das reuniões realizadas para tratar do plano golpista para impedir a posse e matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes foi realizada na casa do general Braga Netto, no dia 12 de novembro de 2022.

Nas investigações do inquérito do golpe, divulgadas em novembro, a polícia afirmou ter na mesa do coronel Peregrino, na sede do Partido Liberal (PL), um esboço de ações planejadas para a denominada “Operação 142”. O nome dado ao documento faz alusão ao artigo 142 da Constituição Federal que trata das Forças Armadas e que, segundo a PF, era uma possibilidade aventada pelos investigados como meio de implementar uma ruptura institucional após a derrota eleitoral do então presidente Bolsonaro. O documento encerra o texto com frase “Lula não sobe a rampa”. 

Com informações da TV Brasil


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