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Vale Quem Tem e Santa Maria da Codipi registram maior número de casos de dengue

Os crescentes casos de dengue em Teresina tem chamado atenção das autoridades de saúde e da população. Segundo levantamento feito pela Gerência de Zoonoses, da Fundação Municipal de Saúde (FMS), as zonas Leste e Nortes registraram lideram em números de casos de foco de dengue na capital. 

De 1º de janeiro a 21 de maio deste ano, o Vale Quem Tem teve 85 casos confirmados da doença, seguido do bairro Satélite (75). Já na zona Norte, a Santa Maria da Codipi se destacou com 72 casos confirmados de dengue, seguido do Mocambinho (62). Nesse mesmo período de 2023, o bairro Mocambinho havia registrado 132 casos confirmados, seguido da Santa Maria da Codipi (130) e do Satélite (122).

Bruno Concha/Secom

Até o momento, Teresina registrou 3.453 casos notificados em 2024, com dois óbitos e 96 hospitalizações de casos confirmados. A faixa etária mais atingida são de pessoas com idade entre 20 e 34 anos, totalizando 1.290 casos. 

Marlon Castelo Branco, gerente do Centro de Zoonoses, destacou que o órgão tem acompanhado essas regiões com maior índice de infestação para mosquito da dengue e reforçou as ações que devem ser adotadas pela população para evitar focos do mosquito,

“A Gerência trabalha durante todo o ano, de forma rotineira, nas residências de toda Teresina, e quando identificamos esses maiores índices, intensificamos o trabalho e as equipes, fazendo visitas domiciliar com os agentes de endemia. Se houver a informação de paciente internado ou caso tenha algum óbito em decorrência da doença, os trabalhos na área são intensificados, inclusive com o uso de inseticidas para fazer o bloqueio daqueles casos”, comenta o gerente.

Assis Fernandes/O Dia

Para evitar criadouros de mosquito da dengue, a principal recomendação é eliminar a fonte de água e fazer o descarte correto do lixo. Para isso, Marlon Castelo Branco chama atenção para equipamentos e utensílios que podem acumular água e lembra que a lavagem desses depósitos devem ser lavados com água e sabão, de modo a eliminar possíveis ovos do mosquito que estejam grudados.

“É preciso ter atenção para equipamentos como climatizadores de ar e outros recipientes que acumulam água, como o reservatório localizado atrás da geladeira, os vasos de plantas, as calhas, entre outros. Esses itens devem ser lavados com bucha, para se eliminar algum ovo que posso estar aderido ao recipiente”, frisa o gerente do Zoonoses.

FMS nega que foco de dengue tenha sido encontrado em climatizador na casa da médica Laysa Lira

Marlon Castelo Branco, gerente do Centro de Zoonoses, negou a veracidade do áudio que circula em aplicativo de mensagem instantânea afirmando que foi encontrado foco de dengue no climatizador da residência da médica Laysa Lira, que morreu em decorrência da doença na última segunda-feira (20). Ele comenta que foram feitas inspeções no imóvel e nenhum foco do mosquito foi encontrado.

Entretanto, o gerente aproveitou a fake news para chamar atenção da população sobre os cuidados com esses equipamentos. Ele reitera a necessidade de limpeza de aparelhos que acumulam água, de modo a evitar que se tornem possíveis criadouros de mosquito da dengue.

Reprodução/Redes Sociais
A médica Laysa Lira e o filho mais novo, Rafael Lira, morreram em decorrência da doença

Na residência não foi encontrado nenhum foco de mosquito da dengue. Esses áudios que circulam são uma inverdade e nada disso procede.

Marlon Castelo Brancogerente do Centro de Zoonoses

"Entretanto, fica o alerta para a população que tem climatizadores, que façam a limpeza de seus equipamentos, não somente a retirada da água, mas também a limpeza, lavando bem as peças para ser eliminado algum possível ovo que esteja grudado no recipiente. 

A médica pediatra Laysa Geovanna Lira morreu de dengue na última segunda-feira (20). A morte da médica ocorreu em menos de15 dias após o falecimento do filho dela, Rafael Lira Martins.

Lixão no Dirceu causa transtornos a moradores e aumenta risco de dengue

Mesmo em meio ao aumento de casos de dengue e aos registros de óbitos pela doença em Teresina, muitos moradores insistem em despejar lixo em local irregular. O acúmulo de resíduos, além de causar mau cheiro e atrair animais, também pode se tornar um grande criadouro de mosquitos da dengue. 

Na rua Pedro Guimarães Mariz, no bairro Parque Ideal, região do Grande Dirceu, zona Sudeste de Teresina, o lixo se acumula e causa transtornos à população. No local, é possível encontrar material de construção, aparelhos de vaso sanitário, móveis e até para-choque de carro.

Quem trabalha próximo ao local explica que é comum presenciar moradores e carroceiros despejando lixo no trecho, mesmo após o entulho ter sido recolhido pelo caminhão de limpeza da prefeitura. Populares comentam também que o mau cheiro incomoda bastante, além do risco de contaminação e doenças.

“Esse lixo, além de trazer doenças, ainda pode acumular água e virar foco de dengue, e os casos estão aumentando todos os dias, então, dá medo de pegar a doença, principalmente porque eu e meu esposo somos idosos e temos problema de saúde. É preciso recolher esse lixo e encontrar um jeito par evitar que as pessoas voltem a usar essa rua como lixão”, pontua a aposentada Elenir de Oliveira, moradora da comunidade.

A equipe de reportagem do PortalODIA.com encontrou em contato com a Saad Sudeste, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem. O espaço está aberto para esclarecimento.


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