A Polícia Civil do Piauí, por meio da Divisão de Homicídios e Tráfico de Drogas, localizou nesta sexta-feira (29) uma ossada humana nas imediações do parque eólico de Luís Correia, no Litoral do Estado. De acordo com as investigações, integrantes de uma facção criminosa, por meio de um “tribunal do crime”, teriam enterrado corpos de rivais nas regiões do litoral.
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Ainda não há a identificação de quem pertenceria a ossada. Será realizado exame pericial no material apreendido para identificação da vítima. A autoria do homicídio está sendo investigada e segue sob sigilo. “Após meses de investigação, a equipe conseguiu identificar o local em que uma das vítimas havia sido enterrada. Trata-se de um local acessado apenas por embarcação. A diligência contou com apoio operação da Polícia Federal”, informou o delegado Luís Filipe.
Restos mortais foram encontrados durante operação contra facções
A ossada foi encontrada durante uma operação realizada ainda nesta quinta (28) contra membros de facção criminosa em Luís Correia. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão domiciliar e três mandados de prisão preventiva. A ação foi feita pela Divisão de Homicídios e Tráfico de Drogas, da Delegacia de Luís Correia, com apoio da Força Tarefa de Parnaíba e Polícia Militar de Luís Correia.
Além dos investigados que tinham mandados de prisão, outras duas pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas e posse irregular de munições de calibre restrito. “Um dos alvos da operação é líder de uma facção na cidade e foi capturado em Parnaíba. Munições e drogas foram aprendidas”, informou o delegado João Filipe.
Apesar dos crimes, Secretário diz que no Piauí “não há nenhum espaço dominado por facção”
Em junho deste ano, durante entrevista à O Dia TV, o secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas, afirmou que as facções criminosas que atuam no Piauí não dominam nenhum território que as forças de segurança não consigam entrar. Para ele, essas organizações possuem atuação limitada dentro do sistema prisional e estão mapeadas nos municípios.
“No Piauí, não há espaço dominado. Não há um lugar no Piauí que a gente não entre. O Estado está presente. O que acontece é o Estado ausente e eles se ocupam. Quando não tem estado, você tem a criminalidade violenta”, declarou Chico Lucas. O gestor disse que os crimes violentos em Teresina, por exemplo, se concentram nas áreas de expansão da cidade onde os serviços públicos ainda são precários.